O WRI Brasil apresentou ontem (20) o estudo Nova Economia da Amazônia (NEA), trabalho desenvolvido em parceria com especialistas de instituições científicas para apontar os caminhos possíveis de desenvolvimento da região amazônica, preservando a floresta como patrimônio do Brasil e da humanidade.
O trabalho mostra que "manter a floresta de pé não é uma ameaça para o desenvolvimento, muito pelo contrário, é uma oportunidade de crescimento qualificado e inclusivo para a região".
Na área de transportes, por exemplo, o documento aponta que no novo modelo de desenvolvimento, as demandas energéticas do transporte rodovário de passageiros e de cargas, hidroviário misto e aerofluvial seriam atendidas com 54% por biocombustíves de segunda e terceira geração, 40% por energia elétrica renovável e somente 6% por combustíveis fósseis. Diferentemente, no cenário atual (REF), 82% viriam de fontes fósseis, 16% de biocombustíveis e somente 2% de energia elétrica.
Gráfico comparativo de consumo energético e emissões em 2050 Fonte: WRI Brasil
Além disso, segundo a proposta da Nova Economia da Amazônia, nenhuma nova estrada de rodagem de alta velocidade seria construida, prevendo-se modos de transporte fluvial misto. Conforme os cálculos do estudo, em 2050 a energia total requerida para os transportes no cenário NEA seria de 133 TWh (terawatt.hora) por ano, ou seja, 55 TWh menos do que no cenário REF, calculado em 188 TWh. Por outro lado as emissões do transporte em 2050 somariam 38 MtCO2 no cenário correspondente ao modelo atual. No cenário NEA seriam apenas 17 MtCO2.
Amplo, com 246 páginas, o estudo pode ser obtido no site do WRI Brasil
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