Corredores de ônibus não avançam no Recife

Faixas Azuis, símbolo recifense da prioridade viária do transporte coletivo sobre o individual, não são implantadas há quase dois anos, aponta Roberta Soares, do JCne

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Fonte: JCne  |  Autor: Roberta Soares/ JCne  |  Postado em: 16 de junho de 2023

Faixas exclusivas no Recife: projeto paralisado

Faixas exclusivas no Recife: projeto paralisado?

créditos: Jailton Jr./JC Imagem


Já são quase dois anos sem que o Recife anuncie novos corredores de Faixa Azul na cidade. Símbolo do PSB na gestão focada no transporte público coletivo, as faixas exclusivas deixaram de ser implantadas nos corredores da cidade, apesar do impacto positivo dos equipamentos para a operação dos ônibus.


As faixas trazem ganhos de velocidade superiores a 100% em alguns dos 11 corredores implantados desde 2013. E sem falar que a adoção das Faixas Azuis, modelo copiado do Sistema BRS (Bus Rapid Service) do Rio de Janeiro, virou símbolo recifense da mobilidade urbana sustentável. Dá prioridade viária do transporte coletivo sobre o individual.


Para quem não lembra mais, as Faixas Azuis são faixas onde os ônibus têm prioridade de circulação. Funcionam apenas durante os dias úteis e, diferentemente dos corredores exclusivos (implantados junto ao canteiro central das avenidas), podem ser utilizadas pontualmente pelos veículos particulares para acessar ruas e imóveis.


O Recife avançou muito e até provocou outras cidades da Região Metropolitana a adotar o modelo, como Jaboatão dos Guararapes e agora Olinda, mas parou no tempo. Desde 2021, com a criação da Faixa Azul da Avenida Agamenon Magalhães, na área central da cidade (esperada por mais de três anos), e da Faixa Azul da Avenida Visconde de Jequitinhonha, em Boa Viagem, na Zona Sul, nada mais foi feito.


Quem usa o transporte público lamenta a paralisação do projeto e destaca os ganhos no dia a dia. “A faixa exclusiva faz toda a diferença na viagem. A gente ganha muito tempo. Enquanto os carros ficam presos no congestionamento, os ônibus vão embora. É bom não só para o passageiro, mas também para o motorista. É muito mais rápido”, diz a universitária Maria Clara Fonseca, que utiliza diariamente a faixa exclusiva de ônibus das Avenidas Conselheiro Aguiar e Antônio de Góis.


A capital tem, atualmente, 11 desses equipamentos em toda a cidade, implantados entre 2013 e 2021, que totalizam 51 km de extensão. Somados aos 20 km já existentes, o Recife conta atualmente com 71 km de prioridade viária aos ônibus.


Quer mais detalhes? Leia a matéria original no JCne


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