O mês de fevereiro apresentou mais mortes no trânsito desde 2018 na cidade de São Paulo. Se comparado ao mesmo mês em 2022, o aumento é de 53%. O número de mortes entre pedestres e entre os motoristas e passageiros de carros aumentou, enquanto o número de mortes de motociclistas, que historicamente são mais numerosos, ficou estável.
Nos dois primeiros meses desde ano, foram registradas 33 mortes de pessoas dentro de automóveis. O retorno do Carnaval pode ter contribuído com esse aumento, já que ele voltou em plenitude, agora em 2023, e com isso, o excesso de velocidade e o consumo de álcool, podem ter contribuído.
As motocicletas seguem sendo o meio de transporte mais perigosos na capital. Nos dois primeiros meses deste ano, 46 motociclistas e passageiros morreram no trânsito da cidade.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes tem como meta reduzir o número de mortes envolvendo motos, por isso, de forma experimental, implementou as faixas azuis para motociclistas. Nunes planeja instalar mais 220 quilômetros dessas faixas na cidade e estuda criar pistas segregadas para motociclistas nas marginais Tietê e Pinheiros.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, informou que vem implementando medidas para reduzir a quantidade de acidentes de trânsito e de vítimas. Entre elas, citou as “frentes seguras”, áreas para motocicletas aguardarem a abertura do sinal em cruzamentos, e as faixas azuis.
A secretaria disse ainda que a CET está elaborando seu próprio relatório anual de acidentes com os dados de 2022 e que em dez anos, até 2021, houve redução de 47,5% dos atropelamentos, 26,8% das colisões e 11,7% dos choques entre veículos.
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