Na semana passada, a Prefeitura de Palmas (TO) adotou uma medida pouco usual entre os gestores, e decretou a gratuidade no transporte público da cidade.
A previsão inicial é que a liberação das catracas nos ônibus funcionasse por apenas uma semana, e a justificativa do Executivo é que seria uma maneira de não penalizar mais a população que depende dos coletivos para se locomover. A intenção era dar tempo até se resolvesse um problema técnico no sistema de bilhetagem, que há dias vem impedindo as pessoas de fazer a recarga dos cartões.
A retirada da cobrança começou então no dia 2 de fevereiro, após cenas de caos no transporte palmense, com muitos transtornos para os usuários. A partir daí, a Prefeitura assumiu a integralidade da operação do sistema de transportes na capital do Tocantins.
“(...) Determinei a liberação das catracas até que a migração se dê por completo e o sistema esteja totalmente estável”, afirmou na ocasião a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB).
Como dito, a previsão inicial era que a medida se encerraria ontem, segunda-feira (6). Mas, já à noite, um novo decreto foi publicado no Diário Oficial do Município, estabelecendo a tarifa zero por mais um mês, até o dia 2 de março.
O Decreto nº 2.321 determina que as catracas continuarão livres, de acordo com o gestor até que se complete a implantação do novo sistema de bilhetagem, que deverá ser "capaz de garantir segurança, estabilidade do funcionamento e adequação às exigências legais que competem ao poder público."
Além disso, esse período de gratuidade revalidado será utilizado pela gestão para testes e adaptações, "sem transtornos aos nossos usuários", garante a Prefeitura.
Também no dia 2 de março, quando se encerrar a gratuidade, a gestão informa que fará um balanço dos 100 dias de funcionamento da Agência de Transporte Coletivo de Palmas (ATCP). Serão apresentados os resultados da experiência e, adianta a Prefeitura deixando expectativa no ar, "será feito o anúncio de novas ações e projetos para o transporte coletivo."
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