Em 2011 e 2014, logo que as ciclovias começaram a ocupar as ruas de São Paulo, os ciclistas começaram a notar que as novas faixas para bicicletas também estavam sendo usadas por cadeirantes, pedestres e todos aqueles que não conseguiam circular pelas calçadas esburacadas da cidade.
Aos poucos, as ciclovias também passaram a ser usadas pelos carroceiros, pessoas que vivem de recolher e revender materiais recicláveis. Obviamente, os ciclistas mais fundamentalistas e intolerantes chiaram, porque às vezes fica difícil - e até perigoso - passar ao lado dessas carroças.
Mas, felizmente, logo surgiram grupos de pedaleiros que acolheram e até estimularam o uso das ciclovias para a circulação dos carroceiros: em um certo dia de 2015, várias rotas cicloviárias amanheceram com a pintura de carroças brancas no piso, sinalizando a aceitação das pessoas que não têm espaço seguro para andar na cidade.
Não foi e ainda não é uma solução adequada, mas apenas uma forma de driblar o problema e ajudar as pessoas que vivem o dia a dia de recolher materiais e transportá-los em carrinhos, carroças, carros velhos e, inclusive, bicicletas.
Para quem quer discutir o assunto e apontar soluções, vale acompanhar a live sobre Mobilidade e Sustentabilidade da Polo Conecta, que vai mostrar a experiência do Pimp my Carroça, organização que trabalha desde 2007 para valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis, com redesenho e reforma de carroças, além do apoio aos trabalhadores.
O encontro terá a participação de Elismaura Pereira dos Santos, que trabalha como catadora, Carlos Tadeu, do Pimp my Carroça, e Sandro Nicodemo, do Pimp Lab.
Para acompanhar, acesse o Youtube da Polo https://youtu.be/qdx8K2sJRgg
Ou assista aqui mesmo:
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