O governo do Amazonas aguarda a avaliação das respostas enviadas ao Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM para saber se pode dar continuidade ao Monotrilho Norte/Centro, principal projeto de mobilidade urbana de Manaus para a Copa de 2014.
A licitação do monotrilho terminou em maio de 2011. Mas uma análise do MPF e da Controladoria Geral da União (CGU) encontrou uma série de irregularidades no projeto básico. O trajeto, por exemplo, passa por edifícios do centro histórico tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Uma nota técnica emitida pelos dois órgãos solicitou à Caixa Econômica Federal (CEF) que retenha o empréstimo de R$ 600 milhões para a obra (saiba mais). No total, o monotrilho de Manaus está orçado em R$ 1,55 bilhão.
Segundo a matriz de responsabilidades da Copa, as obras deveriam ter começado em dezembro passado. Mesmo com o atraso, o governo não trabalha com a possibilidade de um plano B para resolver o problema do trânsito em Manaus.
Mesmo não sendo item obrigatório para realização da Copa na cidade, as obras de mobilidade urbana seriam um dos principais legados. “Entendemos que a realização da Copa de 2014 em Manaus é uma oportunidade para que o poder público invista na solução de problemas na cidade, como o transporte coletivo”, explica o coordenador da UGP Copa Miguel Capobiango.
Ônibus
O projeto sob a responsabilidade da prefeitura, o BRT Eixo Leste/Centro também caminha a passos lentos. O projeto teve a licitação lançada em novembro passado. Sete empresas entraram na concorrência, mas três foram reprovadas e têm até esta terça-feira (17) para apresentar recursos.
O BRT vai ligar as zonas leste e norte ao centro de Manaus, em sentido oposto ao do monotrilho, formando assim o anel viário da cidade.
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