Pesquisas revelam que perto de 7% da população brasileira usa a bicicleta como meio principal de transporte. Não à toa, o Congresso Nacional discute neste momento um projeto para redução da velocidade dos carros nas vias urbanas. A proposta parte de estudos internacionais que apontam o máximo de 50 km por hora para garantir a mobilidade ativa a todos os cidadãos, tanto motoristas como ciclistas e pedestres.
Neste dia nacional do ciclista, 19 de agosto, a coordenadora do Rodas da Paz, Renata Aragão, acredita que a velocidade deve ser compatível com a vida de quem atravessa a rua com mobilidade reduzida. Ela acrescenta que o máximo atual de 80 km por hora faz com que seja até inseguro reduzir a velocidade quando necessário. Renata é mãe do estudante Raul Aragão, que morreu aos 23 anos, em 2017, quando pedalava pela via L2 Norte e foi atingido por um veículo.
A ativista também defende alterações na legislação dos sinistros, para aumentar a responsabilização sobre os motoristas que provocam acidentes envolvendo ciclistas, mesmo que não tenham ingerido bebida alcoólica ou outra substância ilícita. Para Renata Aragão, a legislação já é branda e mesmo assim o Poder Judiciário, segundo ela, não aplica instrumentos disponíveis para punição dos responsáveis por acidentes com vítimas.
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