Prefeitura de SP pode ter que bancar ciclofaixas de lazer

Serviço continua sem um patrocinador. Última empresa a patrocinar o projeto, a Uber, não renovou contrato; ciclofaixas funcionam aos domingos na cidade há 13 anos

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Fonte: Veja São Paulo  |  Autor: Clayton Freitas  |  Postado em: 11 de agosto de 2022

Fim: parceria desde 2020 com a Uber não é renovada

Fim: parceria desde 2020 com a Uber não é renovada

créditos: Marcelo Pereira/ Secom

Apesar de ser um projeto de sucesso, existente há 13 anos na capital e que reúne todos os domingos cerca de 100 mil ciclistas, as ciclofaixas de lazer da cidade de São Paulo correm o risco de ficar sem patrocínio.

 

A última empresa a bancar a conta foi a Uber, que não renovou o contrato, e a prefeitura de São Paulo já admite que pode assumir o custo caso não consiga encontrar quem pague os 11,5 milhões de reais ao ano para colocar o serviço de pé.

 

“A última vez que a prefeitura disse que assumiria o serviço acabou não cumprindo a promessa”, diz o cicloativista Willian Cruz, do Vá de Bike. As ciclofaixas de lazer estão espalhadas em 114 km de vias de todas as regiões da capital. Antes da Uber, quem bancava a conta era a Bradesco Seguros.

 

Durante o mês de julho deste ano a prefeitura tentou localizar um patrocinador, por meio de um chamamento público. As duas empresas que apresentaram propostas foram desclassificadas por não entregar a documentação completa, o que incluía, entre outras coisas, quem pagaria a conta. Uma nova tentativa de encontrar patrocinadores foi feita, e a prefeitura recebeu apenas uma proposta, conhecida no último dia 9.

 

Toda a documentação ainda será alvo de análise técnica, e somente se estiver tudo correto, o que inclui verificar se o interessado tem de fato condições de bancar o serviço, é que o termo de cooperação para assumir a empreitada será celebrado. O trâmite deve durar sete dias.

 

Cicloativistas já fizeram propostas à prefeitura para que o serviço seja enxugado. As ideias vão desde um maior espaçamento entre os cones que delimitam as faixas onde as bicicletas podem passar, reduzir a quantidade de monitores e a eliminação de sobreposições em locais que já contam com ciclovias, o que faria o custo ser reduzido em 70%, afirmam. A proposta é rechaçada pelos técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que alegam riscos aos ciclistas.

 

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Comentários

Mateus Pier - 15 de Agosto de 2022 às 07:00 Positivo 1 Negativo 0

"reduzir custos" isso é uma palhaçada. Trabalho na ciclofaixa do lazer há três anos e posso afirmar que todo o pessoal existente é INSUFICIENTE imagina redução. Seria catastrófico.

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