A pandemia, como todos sabem, ainda não acabou. Embora em alguns ambientes e países, já seja possível circular sem máscaras, em geral, nos transportes públicos os cuidados profiláticos são recomendados e, quase sempre, obrigatórios.
Um bom exemplo é visto no Terminal Santo André, região do ABC, em São Paulo. Na semana passada encontramos o Rodrigo, funcionário da empresa Next, que realizava a pulverização no trólebus em que acabávamos de chegar. Ele explicou que a operação é repetida em todos os ônibus do Corredor ABD que ingressam no terminal.
No sistema de ônibus municipal da capital, controlado pela SPTrans, o cuidado não parece ser o mesmo, ou pelo menos não é visível aos usuários. Conforme informação disponível no site da Prefeitura, "a limpeza é reforçada diariamente nas garagens em todos os veículos....e os motoristas de ônibus, cobradores e demais funcionários de operadoras de ônibus foram orientados a reforçar seus cuidados pessoais, lavando sempre as mãos e/ou utilizando álcool gel para higienização".
Notamos, igualmente, o cuidado nos trens da CPTM, que recebem uma aplicação de desinfetante em todos os pega-mãos e balaustres quando as composições passam entre as estações Brás e Luz, na região central de São Paulo. Nos trens, os seguranças também procuram orientar os passageiros mais distraídos para que continuem a utilizar máscaras durante toda a viagem.
O metrô de São Paulo anuncia, também, que todos os trens são limpos a cada viagem, mas não há fiscalização para orientar as pessoas que insistem em desobedecer à obrigatoriedade das máscaras nas estações e nos trens. Apesar disso, informações de vídeo dentro das composições lembram que o sistema metroviário da capital paulista é considerado um dos mais limpos do mundo.
Limpeza e desinfecção nos trens do metrô de São Paulo Foto: Divulgação Metrô
Desde o início do ano, a Companhia do Metrô de São Paulo passou a usar uma nova substância desinfetante, o quaternário de amônia, na limpeza dos trens e estações. Segundo a companhia, a limpeza de cada trem é repetida entre as viagens e com pandemia, essa limpeza passou a incluir os pega-mãos e cabines dos operadores, o que é feito ao final de cada viagem. Há também uma operação de limpeza mais profunda, que é realizada durante a madrugada, quando os trens são recolhidos para os pátios de manutenção.
Nos pátios, os trens recolhidos passam por um processo de higienização mais amplo dos pisos, pega-mãos, bancos, janelas, portas e cabines, o que ocorre o dia todo, mas é intensificado à noite, quando a frota é recolhida nos pátios. As estações também recebem limpeza diária, com a incorporação de desinfetantes na higienização dos bloqueios, corrimãos e guarda-corpos.
No início da pandemia, em 2020, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos testou um sistema de desinfecção com radiação ultravioleta, mas a tecnologia não foi adotada para a operação cotidiana no transporte da RMSP.
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