Faixa azul exclusiva para motos em SP será ampliada, diz Prefeitura

Avaliação é que a motofaixa instalada em janeiro na Av. 23 de Maio reduziu acidentes, e por isso será estendida pelo corredor Norte-Sul até a Av. dos Bandeirantes

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Fonte: G1  |  Autor: Mobilize/ G1  |  Postado em: 28 de junho de 2022

Motofaixa começou a funcionar em janeiro, e será a

Motofaixa começou a funcionar em janeiro, e será ampliada

créditos: Reprodução/ CET

A faixa azul exclusiva para motos, instalada em janeiro deste ano na cidade de São Paulo, na Avenida 23 de Maio, agora será ampliada, anuncia a Prefeitura. Nesta terça-feira (28), o Senatran aprovou a expansão do projeto piloto.

 

Atualmente a faixa se estende da Praça da Bandeira (Centro) até o complexo viário Jorge João Saad, na 23 de Maio; agora deverá seguir por todo o corredor Norte-Sul até o final da Avenida dos Bandeirantes, na zona sul. A Prefeitura justifica a medida, alegando que a faixa reduziu mortes e acidentes no trânsito desde que foi implementada.

 

Em maio passado, três meses após o começo da operação da faixa azul, a administração municipal já informava que os congestionamentos caíram cerca de 35% em relação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.

 

Segundo estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), nesse período não foi registrado nenhum acidente grave ou mortes nessa avenida após a implantação da faixa. Além disso, ainda segundo a Prefeitura, nos três primeiros meses de 2022, a lentidão no trânsito caiu 5,5% porque, graças à via exclusiva, as motos não ficam mais mudando constantemente de faixa, argumentam os técnicos.

 

Histórico

Diferente do que vemos agora, em que a motofaixa é considerada segura, em anos anteriores a experiência com seu uso chegou a ser desaconselhado pela CET. Em boletim técnico de 2018, o órgão municipal responsável pelo controle do trânsito da cidade relata que a administração já havia tentado, em outras duas ocasiões, manter motofaixas no Centro e na Zona Sul da capital, mas que a iniciativa não fora bem-sucedida, o que levou à extinção de ambas as faixas em 2013.

 

À época, o Executivo municipal explicou que desistia oficialmente das motofaixas porque, ao contrário do esperado, o número de acidentes envolvendo motos tinha aumentado com as faixas de tráfego.

 

Naquela avaliação, o órgão criticava o modelo de faixa então proposto, que seria incapaz de isolar totalmente os motociclistas dos demais usuários, gerando interações, previstas e imprevistas, no sistema viário, o que expunha mais os motociclistas a riscos. 

 

No documento, os técnicos da CET afirmaram: "Circular entre faixas, em elevada velocidade, como visto na caracterização dos acidentes anteriormente abordada, é uma das principais causas de acidentes graves envolvendo motocicletas (...). De maneira geral, o que se observa é que, trafegar entre as faixas veiculares, em velocidades elevadas ou inadequadas à condição de fragilidade em que se encontra o próprio motociclista, sem proteção para o corpo além dos EPIs, muitas vezes sequer utilizados, eleva exponencialmente gravidade dos acidentes envolvendo motocicletas".

 

O sistema de motofaixa atual, além de não ser de uso obrigatório, pois permite a mudança de faixa, é um espaço inclusive compartilhado entre motoristas e motociclistas. 

 

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