Como foi o 2º dia do Parque da Mobilidade Urbana

Ricky Ribeiro, diretor do Mobilize Brasil participou com uma palestra sobre os desafios da acessibilidade na mobilidade urbana. Evento segue até este sábado (25) em SP

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Fonte: Necta  |  Autor: Patrícia Esteves/Necta  |  Postado em: 24 de junho de 2022

Ricky Ribeiro em sua palestra no Parque da Mobilid

Ricky Ribeiro em sua palestra no Parque da Mobilidade Urbana

créditos: Mobilize Brasil


Deixar um legado para a sociedade foi a principal motivação de Ricky Ribeiro, diretor do Mobilize Brasil,  ao criar o portal de informações sobre mobilidade urbana sustentável. Ricky participou do segundo dia do Parque de Mobilidade Urbana, evento que tem entrada gratuita, e continua até este sábado (25). E se tivéssemos dados abertos dos meios de transporte em todas as cidades brasileiras? Esta foi a pergunta provocada por Luísa Peixoto, Gerente de Políticas Públicas e Especialista de Mobilidade da MaasS Global, presente no segundo dia de Conferências do Parque da Mobilidade Urbana.


Luísa explicou como funciona a MaaS – Mobilidade como Serviço – e como o Brasil pode chegar ao patamar de implementar essa política pública em território nacional. Segundo a Gerente de Políticas Públicas, é impossível implementar a mobilidade como serviço sozinho. A MaaS Global recentemente adquiriu a startup brasileira Quicko para juntas pensarem soluções a esse ecossistema no país. Luísa salientou que tudo começa pela abertura de dados oriundos do Governo. Essas informações são trabalhadas para que transformem-se em informações úteis para a sociedade.


“Ser o elo que vai qualificar o sistema de transporte e conectá-lo às pessoas por meio de facilitação e tecnologia é o propósito da mobilidade como serviço. Para oferecermos um ecossistema integrado, a bilhetagem digital aberta e os dados compartilhados são essenciais para o progresso do setor e satisfação do cliente. Isso só é possível se houver colaboração entre os setores público e privado”, defende Luísa Peixoto.


Em seguida, no mesmo Palco Augusta, Ricky Ribeiro, Fundador e CEO do portal Mobilize Brasil, tomou o palco com sua equipamento de digitação óptica e fez sua apresentação em powerpoint, mostrando como fundou o Mobilize, em 2011, três anos depois do diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que transformaria sua vida para sempre. Ricky reforçou a importância da manutenção das calçadas, sobretudo para pessoas com deficiência. A principal mensagem deixada por Ricky Ribeiro é que o legado é construído pela força da mente. Hoje, o CEO do Mobilize viaja o Brasil e o mundo para palestrar contando sua história e mostrando sua experiência com a mobilidade. Antes de ser diagnosticado, Ricky era ciclista e se deslocava pelas cidades, no Brasil e exterior, somente por meio de bicicletas e transporte público.

 

Luísa Peixoto, da MaasS Global. Foto: Mobilize Brasil

 


Drones para entregas
O presidente da Speedbird Aero, Samuel Salomão, abriu a tarde trazendo a realidade de hoje no ecossistema de drones. O que se pode esperar da entrega via drones? Salomão afirmou que somente em janeiro deste ano foi autorizado o voo para rotas comerciais, que foram solicitadas para operar em qualquer lugar do Brasil. “Junto com a Anac, fomos entender sobre a segurança da entrega no Brasil, mas como estruturar de forma segura e financeiramente viável?”, questionou o CEO da Speedbird.


De acordo com Salomão, os drones não estão nas áreas de aviões, e, por ser um modal disruptivo, sua implementação é gradual e contínua. “As rotas são automatizadas e uma vez obtendo aprovação do Decea, o operador não interfere e não pode mudar a rota. A câmera não filma as residências e não invade a privacidade de ninguém, apenas monitora as rotas. Um ponto de pouso viável seria em condomínios para que tivéssemos drones entregando encomendas em nossas casas”, disse.


Logística com bicicletas
O Diretor Executivo da Aliança Bike, Daniel Guth, participou do painel de logística urbana trazendo possíveis soluções para a logística nas grandes cidades. Guth contou como a ciclologística nasceu e disse que a bicicleta se deu por conta de carteiros que foram desenvolvendo um produto para uso urbano. A ciclologística são empresas que contratam seus ciclistas para fazer entregas por aplicativo, no varejo ( com o comércio local entregando nas residências), nas indústrias, e nos serviços de manutenção. “Nas grandes embarcadoras, a bicicleta convencional já é usada por pelo menos 8% das empresas. A capacidade de carga e o tempo são dois pontos relevantes levados em conta para que possam escolher as bicicletas como meio de entrega”, afirmou.


Veículos voadores
Outro painel também abordado neste segundo dia de Parque da Mobilidade Urbana tratou sobre os e-vtols. Lucas Fontoura da HeliSul Drones, afirmou que a mobilidade urbana é sinônimo de congestionamento nos dias atuais e o transporte terrestre é o principal modal utilizado. “Acessibilidade, custo, tempo, versatilidade, facilidade e conforto são os critérios do usuário hoje para escolher um modal de transporte. A ideia do e-vtol para centros urbanos é permitir velocidade média perto de 90 km/h com custo próximo ao uso de uma viagem de uber ou táxi”, comentou Fontoura.


O Parque da Mobilidade Urbana continua no Memorial da América Latina até este sábado (25), com muito conteúdo e atividades interativas para todos os públicos. Para acompanhar a transmissão online ou obter mais conteúdos, basta acessar o canal do You Tube da Connected Smart Cities.

 

Público no palco Parque Augusta, durante a sessão de palestras. Foto: Mobilize Brasil


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