Você provavelmente já sabe: os jornais e as rádios já anunciaram que hoje - em todo o mundo - é dia de homenagear a velha bicicleta (ela tem mais de 200 anos) e também as pessoas que trabalham, passeiam ou se exercitam pedalando nas ruas, trilhas e estradas de todos os países.
O Dia Mundial da Bicicleta foi oficializado em 2018 pela ONU como um dia de conscientização sobre os vários benefícios sociais de usar a bicicleta para transporte e lazer. A ideia de dedicar um dia às bikes nasceu de uma iniciativa da Federação Europeia de Ciclistas (EFC) e da World Cycling Alliance (WCA).
Conforme o Bicycle-Guider, existem mais de 1.000.000.000 de bikes espalhadas pelo mundo, desde as legendárias Barra-Forte, da Caloi, ou as velhas bikes tchecas muito usadas na pequena cidade de Mompós, na Colômbia, até as sofisticadas bikes feitas com estruturas de carbono usadas em competições internacionais. No Brasil, segundo algumas estimativas, existem cerca de 40 milhões de bicicletas em todo o território, mas esse número não é realmente muito confiável. Um trabalho da pesquisadora Gláucia Pereira reuniu informações de várias fontes e chegou ao número estimado de 33.230.198 bicicletas.
Concurso Mobilize de Ilustrações | Luciana Rocha de Souza
A frota continua a crescer em todo o país, mas dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que apenas 7% dos brasileiros usam a bicicleta como meio de transporte principal, talvez pela falta de ciclovias e outras infraestruturas que garantam a segurança aos ciclistas.
Mas, não é o que parece quando circulamos em algumas cidades do país. Em São Paulo, onde haveria mais de 1,6 milhão de bikes, segundo o trabalho da Gláucia Pereira, todos os dias vemos milhares de trabalhadores, estudantes e muitos pais e mães pedalando com seus filhos, compras, materiais de trabalho e todo tipo de traquitanas, pela manhã, na hora do almoço e no final da tarde. E durante as noites, há vários grupos de "ciclistas de lycra" que saem em pelotões para ocupar as grandes avenidas.
Bicicletas são silenciosas, leves, transportáveis, não emitem gases de efeito estufa e fazem muito bem para a saúde, tanto das pessoas, como das cidades. Por isso têm sido apontadas como a forma mais eficiente e sustentável de mobilidade urbana.
Se puder, pedale. No começo parece difícil, exige cautela e um esforço físico e mental. Mas, depois de algumas semanas, o seu corpo vai pedir que você tire a magrela da garagem. Bicicleta faz bem.
Ricky Ribeiro, criador do Mobilize, em Barcelona, onde descobriu a alegria de pedalar
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