Seis organizações não-governamentais - iCS, Idec, ICCT, ISS, ITDP e WRI* - enviaram no começo desta semana uma carta ao Ministério do Desenvolvimento Regional propondo a criação de programa de aluguel de ônibus elétricos.
Segundo seus idealizadores, o programa preenche várias frentes, desde a contribuição para o processo de descarbonização do transporte público até a mudança de paradigma da estrutura de custeio dos sistemas municipais.
Pela proposta, o governo federal se encarregaria da contratação da frota de ônibus elétricos, assim como dos serviços de manutenção e recarga das baterias. Esta frota seria alugada por estados e municípios interessados com ganhos no custo de manutenção desse serviço. O objetivo, defendem seus propositores, é ajudar financeiramente as administrações na gestão do transporte coletivo, além de contribuir para a melhora na qualidade dos veículos e do ar que se respira no ambiente urbano.
A seguir, um trecho da carta enviada ao Ministro do Desenvolvimento Regional:
“O transporte público atesta (...) seu caráter indispensável para o funcionamento mínimo das cidades, de forma muito mais aguda do que em momentos históricos anteriores. Nesse contexto de crise ficou claro que, embora apresente muitos problemas de gestão, o setor de transporte público é essencial para atender a todas as cidadãs e os cidadãos – 50% dos passageiros dependem unicamente dele, não possuindo outras alternativas de transporte para o seu deslocamento. Seu adequado funcionamento, principalmente de forma ambientalmente apropriada e sem emissões de poluentes, é uma necessidade de saúde e fundamental para a qualidade de vida e de saúde nas cidades.”
Para entender em detalhe a proposta, clique aqui e leia a carta completa.
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*iCS (ICCT – Conselho Internacional de Transporte Limpo); Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor); ISS (Instituto Saúde e Sustentabilidade); ITDP (Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento); e WRI (World Resources Institute).