O "Dossiê ciclovias da Zona Oeste", estudo conduzido pela equipe do vereador William Siri (Psol) e apoiada na percepção de quem pedala na região, será entregue nesta quinta-feira (12) à secretária de Transportes da cidade do Rio de Janeiro, Maína Celidonio.
O levantamento faz revelações, no mínimo curiosas, sobre a infraestrutura viária na região. Após seis meses em campo, com pesquisas, fiscalizações e debates com ciclistas, detectou-se, por exemplo, que há rotas cicloviárias do mapa da Prefeitura que só existem no papel.
Entre os trechos fictícios, estão rotas em Inhoaíba jamais construídas e outras que desapareceram pela falta de manutenção. Ironicamente, um trecho não mapeado pelo poder executivo na Praia de Sepetiba é justamente o mais bem avaliado pelos ciclistas.
Outra particularidade é o perfil de quem se locomove sobre duas rodas: a maioria é homem, negro ou pardo e de baixa renda - e usa as magrelas para chegar ao transporte público. Não à toa, uma grande demanda dos moradores da região é a criação de rotas para os trens e BRT, e próximas à Av. Brasil.
Ciclovia cheia de buracos na estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande. Foto: Reprodução
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