O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, declarou nesta quinta-feira (10) que vai manter o valor da tarifa do transporte público em R$ 4,40. O posicionamento veio após o anúncio da Petrobrás sobre o aumento de 24,9% no preço do óleo diesel, combustível que abastece a maior parte dos quase 15 mil ônibus que circulam na capital paulista. A tarifa não é reajustada desde janeiro de 2019, antes do início da pandemia.
Na entrevista ao portal G1, Ricardo Nunes reiterou a necessidade de que a Câmara Federal aprove o projeto de lei 4392/2021 que prevê repasse de R$ 5 bilhões da União para prefeituras, estados e empresas de transporte. Conforme cálculo da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), cerca de R$ 350,4 milhões desse montante seriam destinados à Prefeitura de São Paulo.
Segundo o presidente da FNP, Edvaldo Nogueira, o aumento do diesel “pode elevar em até 6,6% os custos de operação do sistema de transporte público coletivo no Brasil”.
Brasília
Em Brasília, a tendência também é de não repassar o aumento dos combustíveis para as tarifas. Caso o aumento dos combustíveis fosse inteiramente repassado aos usuários, algumas tarifas chegariam a R$ 9 e R$ 10. A tarifa de Luziânia para Brasília, por exemplo, custa R$ 7,40 e com o reajuste subiria para para R$ 9,30. “Decidimos absorver esse custo para poder diminuir o impacto para a sociedade”, afirmou o secretário de Mobilidade, Valter Casimiro Silveira. Segundo ele, mesmo com autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres para corrigir em 25% os valores, as tarifas não sofrerão mudanças nas linhas.
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