A empresa Mobileye (Intel Corporation), ao lado da Benteler e Beep, planejam produzir e implantar uma frota de ônibus elétricos autônomos nos Estados Unidos. A previsão é para 2024, mas ainda não há data para lançamento.
A Benteler ficará a cargo de criar o carro em si, enquanto a Mobileye cuidará de todo o software de direção autônoma e a Beep cuidará do sistema de operação.
O plano é ampliar os sistemas de direção automatizada para além dos táxis e veículos de entrega que a empresa produz, informaram à agência de notícias Reuters os executivos da Mobileye, empresa israelense que serve de braço da Intel para mobilidade.
Segundo eles, os ônibus serão operados em "áreas georreferenciadas controladas", onde os limites de velocidade são de 35 milhas por hora (55 km/h) ou menos. É o que explicou Hinrich Woebcken, membro do conselho consultivo da Beep, um provedor de serviços de mobilidade associado nesse projeto.
A expectativa da empresa é ter algumas centenas de veículos rodando nas vias de cidades norte-americanas no primeiro ano de implantação. A partir daí, a meta é aumentar gradualmente esse número para 10 mil e 15 mil unidades, contaram os executivos.
Robotáxis
Já em Israel e na Alemanha, a Mobileye planeja implantar robotáxis até o final deste ano, e para isso aguarda a aprovação regulatória desses países. Também está trabalhando com a Udelv, startup do Vale do Silício, para colocar em serviço veículos elétricos automatizados de entrega nos Estados Unidos até 2023.
O novo robotáxi da Mobileye. Imagem: Cortesia
Segurança
O esforço da Mobileye é para provar aos reguladores federais e estaduais dos EUA que seu sistema de direção autônoma seria mais seguro do que com um motorista humano, ressaltou Johann Jungwirth, vice-presidente de Mobilidade como Serviço (MaaS) da Mobileye. Ele se diz otimista com a tecnologia, que "está realmente perto de estar pronta", garante.
Para vender a ideia, os porta-vozes da empresa dizem que os ônibus autônomos poderão ajudar a economizar o custo com motoristas, a preencher a escassez desses profissionais no mercado, e ainda a sanar problemas urbanos com emissões e congestionamentos. Será?