O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou ontem (9) a retomada dos trabalhos para a implantação do People Mover, que conectará a Linha 13-Jade da CPTM aos três terminais do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10), em nota da ANPTrilhos.
Ao custo de 271,7 milhões de reais e prazo de construção de 24 meses, o novo sistema de transporte busca solucionar as dificuldades de acesso aos terminais de passageiros de Guarulhos. Atualmente, para chegar ao aeroporto, os passageiros que não querem usar automóveis podem optar por ônibus da EMTU, que frequentemente enfrentam problemas de trânsito nas Marginais do Tietê, ou seguir de metrô e conectar-se à Linha 13 - Jade da CPTM. Mas neste caso, é necessário completar o trajeto por meio dos ônibus circulares que ligam os três terminais de Guarulhos.
Com o People Mover, a conexão entre os terminais será feita em composições movidas a ar por 2,7 km em via elevada, com capacidade de 2 mil passageiros por hora em cada direção. O percurso completo será de seis minutos e os veículos - com capacidade para 200 pessoas - contarão com ar-condicionado, wi-fi e painéis de informações conectados ao aeroporto.
Propulsão pneumática
O modelo do novo transporte é baseado na tecnologia Aeromóvel, desenvolvida desde os anos 1960 pelo Grupo Coester, no Rio Grande do Sul. O sistema é similar ao já utilizado em aeroportos internacionais, como os de Atlanta, Chicago, Nova York e São Francisco, nos Estados Unidos, além do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Trata-se de um sistema automatizado, que usa propulsão pneumática, sem motores ou transmissão embarcados, resultando, assim, em baixo consumo energético e baixo custo construtivo por utilizar estruturas leves e esbeltas.
O aeromóvel utiliza rodas e trilhos de aço, e sua propulsão pneumática é estacionária, fora dos veículos. Com zero emissão de poluentes, o People Mover também beneficiará o meio ambiente: a redução no número de veículos circulando nas imediações do aeroporto diminuirá, e consequentemente, a emissão de CO2 e dos congestionamentos verificados na região.
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