Via Mobilidade responde sobre bicicletários nas Linhas 8 e 9

Após assumir a operação de linhas de trens urbanos em SP, a concessionária ajusta o horário de funcionamento dos locais para guarda de bikes

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 01 de fevereiro de 2022

Bicicletário em estação operada pela CPTM

Bicicletário em estação operada pela CPTM

créditos: Regiane Bento/DS


Na semana passada, exatamente no dia 27 de janeiro, o Consórcio Via Mobilidade assumiu a operação das Linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda de trens urbanos, nas áreas sul e oeste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), até então sob responsabilidade da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM) No mesmo dia, recebemos algumas reclamações de usuários dessas linhas, informando que a nova operadora havia reduzido o horário de funcionamento dos bicicletários existentes  nas estações, que passariam a funcionar somente das 6h às 22h.


Fizemos contato com a Via Mobilidade, que respondeu por meio de sua assessoria de imprensa e informou que houve, de fato, uma falha de informação nos canais de comunicação, mas que a concessionária já havia corrigido o problema, restabelecendo o horário normal de funcionamento, das 4h da manhã até a meia-noite.



Paraciclo
Na mesma data, encaminhamos o pedido do ciclista José Ricardo Galdini, que utiliza a Linha 8 - Diamante, para que seja implantado um bicicletário na Estação Comandante Sampaio, em Osasco, área Oeste da RMSP. O leitor explicava que a estação fica próxima a uma das ciclovias do município, permitindo a chegada segura dos ciclistas até o local, mas lamentava que não exista um local seguro para a guarda das bicicletas.


Também em nota, a assessoria de imprensa informou que "entre as melhorias previstas no contrato de concessão, está a construção de um paraciclo no acesso para a Estação Comandante Sampaio, mas que não há, contudo, previsão para a construção de um bicicletário".

 

Demanda em alta
Em entrevista por telefone, o leitor Galdini explicou que centenas de pessoas usam suas bicicletas diariamente para chegar até as estações da Linha 8 e fazer a integração com o trem urbano. Ele lembrou que o único bicicletário disponível está localizado na estação Osasco, a principal do município, mas explicou que o número de vagas é insuficiente para a demanda. "As pessoas acabam deixando suas bicicletas em estacionamentos, supemercados e outros locais pela falta de outros bicicletários fechados".


Galdini lembrou ainda que há quatro anos a organização CiclOsasco realizou um levantamento e uma contagem de ciclistas para a preparação do plano de mobilidade do município e nesse trabalho ficou clara a necessidade de mais locais seguros para a guarda das bicicletas. Mas, apesar da constatação, tanto a prefeitura como a operadora dos trens ainda não ampliou a oferta de vagas.

 


Placa com restrição a bicicletas em estação de trens urbanos na RMSP 

 

Comentário do Mobilize: A resposta protocolar da Via Mobilidade responde à questão colocada pelo leitor, mas não resolve o problema que ele e outras centenas de usuários dos trens urbanos enfrentam cotidianamente. Que segurança oferece um paraciclo, sem que haja uma vigilância permanente para evitar furtos e depredações das bicicletas? Numa perspectiva de estimular a mobilidade mais inteligente e sustentável, os gestores de transporte público precisam incorporar definitivamente bicicletários, vestiários e outros equipamentos de apoio às pessoas que fazem parte de seus deslocamentos de bicicleta, a pé ou em cadeiras de rodas. Assim, bicicletários hoje são absolutamente necessários.

 

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