A partir de março de 2022, os anúncios de carros na França serão obrigados a incluir mensagens incentivando os possíveis compradores a considerar alternativas menos poluentes. As novas regras foram sancionadas por decreto do ministério francês da Transição Ecológica em 29 de dezembro de 2021.
No mundo inteiro, vários países impõem que os anunciantes de bebidas alcoólicas, refrigerantes ou cigarros incluam advertências sobre os males que podem ser provocados pelo consumo exagerado desses produtos. No Brasil, anúncios de veículos já incluem mensagens sobre segurança no trânsito, mas agora a tendência é apontar os problemas ambientais que são provocados pelo uso excessivo do carro particular.
De acordo com as novas regulamentações do governo francês, os anunciantes terão três opções para escolher:
“Considere carona”
“Para o dia a dia, use transporte público”
“Para viagens curtas, opte por caminhar ou andar de bicicleta”
Mais ainda: os anúncios precisarão incluir a hashtag “#SeDéplacerMoinsPolluer” – #TransporteMenosPoluente, em uma tradução livre.
O objetivo dos anúncios é incentivar os consumidores a poluir menos deixando seus carros em casa e escolhendo opções de transporte mais ecológicas, principalmente para viagens diárias. Como tal, o setor de transportes da França responde por 31% do total de emissões de gases de efeito estufa, sendo metade disso de carros particulares.
As regras serão aplicadas em publicidade on-line, impressa , rádio e tevê, além de exigir que as emissões de CO2 do carro sejam exibidas. Caso um fabricante infrinja as regras, receberá primeiro um aviso antes de ser sujeito a uma multa de 50 mil euros por cada transmissão. Esta legislação representa uma forte mensagem do governo francês na promoção de modos de transporte alternativos aos carros particulares.
Além disso, sob as novas regras, as propagandas dos veículos mais poluentes (aqueles que emitem mais de 123 gramas de CO2/km) serão completamente banidas a partir de 2028, o que incluirá muitos SUVs populares. Este movimento marca um esforço para preparar os consumidores para uma eliminação progressiva do motor de combustão interna até 2035, conforme proposto pela Comissão Europeia.
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