Iniciativa da Federação Europeia de Ciclistas, a Carta Aberta já tem 301 assinaturas de organizações em todo o mundo. Aqui do Brasil, assinam a Bike Anjo, Transporte Ativo, Ameciclo, Aliança Bike, Aro MeiaZero, Ciclocidade, ParaCiclo, UCB e também o Mobilize Brasil. A lista continua crescendo :-)
A Federação Europeia de Ciclistas (ECF - European Cyclists’ Federation) e dezenas de organizações internacionais que defendem a mobilidade em bicicleta, publicaram uma Carta Aberta para instar os governos presentes na Cúpula do Clima (COP26) a promoverem o aumento da utilização da bicicleta nos deslocamentos urbanos.
No documento enviado aos governos e aos ministros responsáveis pela mobilidade e transportes antes do início da COP26, as organizações argumentam que a maior utilização deste meio de transporte reduzirá as emissões de carbono e contribuirá para "alcançar as metas climáticas de forma rápida e eficaz".
Os signatários da carta aberta apelam aos governos e líderes presentes na COP26 que assumam "compromissos no sentido de aumentar significativamente os níveis de utilização de bicicleta nos seus países e se comprometam coletivamente a atingir uma meta global de níveis de utilização de bicicleta mais elevados".
"O mundo não pode dar-se ao luxo de esperar décadas para que os carros movidos a combustíveis fósseis sejam totalmente eliminados e substituídos por veículos elétricos. Temos de aproveitar urgentemente as soluções que a utilização de bicicleta oferece, ampliando radicalmente o seu uso", apela a ECF, em comunicado enviado hoje a propósito da carta aberta.
A coligação acredita que "a utilização da bicicleta representa uma das maiores esperanças da humanidade para uma mudança no sentido de um futuro sem carbono". Além disso, a bicicleta é um meio "amplamente disponível" para as pessoas e produz "impactos sociais positivos de longo alcance", assinala o documento.
Por isso, defende que pelo menos 10% do orçamento total do Estado para o setor dos transportes seja destinado à mobilidade em bicicleta.
A COP26 decorre cinco anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial. Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração econômica provocada pela pandemia de Covid-19.
Leia a Carta Aberta aos governos na COP26:
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