Nove estações das linhas 7-Rubi, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM, em São Paulo, recebem a partir desta sexta-feira (1) o projeto de biblioteca aberta para retirada gratuita de livros pelos passageiros. Lançado em 2018, o serviço foi interrompido por um ano devido à pandemia de Covid-19 e agora volta renovado.
As gelotecas, como foram batizadas estas geladeiras desativadas e estilizadas que viram estantes ambulantes, funcionam também para receber doações de exemplares, para criar um sistema rotativo de distribuição de livros.
Com a retomada, as gelotecas estarão instaladas nas estações Franco da Rocha e Água Branca (Linha 7-Rubi), estação Guainanases (Linha 11-Coral), estações Jardim Romano, Jardim Helena-Vila Mara, Itaim Paulista, Itaquaquecetuba (Linha 12-Safira), e Engenheiro Goulart e Aeroporto-Guarulhos (Linha 13-Jade).
Os passageiros podem retirar e doar os livros durante todo o período da operação comercial da linha e não há limite para a retirada, entretanto como é um projeto voltado para atender o coletivo, os livros podem ser devolvidos após a leitura.
Gelotecas, no Brasil e no Uruguai
Iniciada em 2018 nas estações da CPTM, o projeto da geloteca foi idealizado pelo professor de arte e psicólogo da educação, João Belmonte, para estimular a leitura e a troca de exemplares entre as comunidades periféricas em pontos de deslocamentos e encontros dessas pessoas.
Até hoje, o artista já grafitou 180 gelotecas e o projeto está replicado Brasil e no Uruguai. "As gelotecas são intervenções urbanas com uma função social. Por isso, a ideia de instalar em estações de trens, escolas e praças para atender o público que realmente está nas áreas periféricas", explica João Belmonte.
Veja mais fotos:
Leia também:
Linhas de trens da CPTM são concedidas à iniciativa privada
E o camelô do trem? Virou empreendedor...
Estação de trem em ruínas vira hotel na Espanha
O que se come no Metrô de SP? Oferta pode influenciar escolhas ruins
Ação abre guarda-chuvas no metrô de SP: contra aglomeração