Quando lá atrás me propus a falar sobre mobilidade a pé, a ideia era escrever de um jeito simples e descomplicado, em uma linguagem sedutora e espirituosa. Senti essa necessidade porque a maioria dos textos que via eram demasiado técnicos, cheios de normas, leis, estatutos, estatísticas, enfim, difíceis de ler. Não atraíam o interesse do grande público, o que considero essencial para uma causa tornar-se relevante na sociedade.
A proposta era uma série de 12 artigos (com este, acabaram sendo 13) intitulada 'Ser Pedestre: Condição Natural, Questão Cultural', sobre aspectos do caminhar nos dias de hoje. Justiça seja feita: embora por vezes eu possa ter soado repetitivo e me rendido afinal a números, leis e termos, talvez entediantes ao leitor leigo, esforcei-me para escrever com leveza, de modo atraente. Não sei quanto de sucesso obtive nessa empreitada.
Com uma pitada de humor, comecei elegendo Santo Expedito como padroeiro dos artigos, o santo das causas urgentes, justas e tidas como impossíveis. Ora, pensei, nada mais adequado para tratar da mobilidade a pé neste mundo onde tudo tem sido feito para o carro e as pessoas andam abduzidas por esse pensamento... Falar que as cidades devem ser feitas primeiro para quem anda a pé, e convencê-las disso, é mesmo uma tarefa quase impossível. Daí, pedir ajuda divina até que faz sentido. Infelizmente, porém, falar sobre a importância de uma estrutura para caminhantes tem sido como pregar que a terra é redonda em plena idade das trevas.
Invisibilidade do caminhar
A população em geral não conhece nem se interessa pelo tema da mobilidade a pé. Mas isso não será culpa nossa mesmo? Será que estamos falando claro e atingindo o público final, aquele que caminha?
Quando, há muitos anos, passei a acompanhar grupos organizados que tratavam de mobilidade, percebi na mesma hora a linguagem que usavam, de difícil entendimento, com foco excessivo na cobrança das instituições governamentais. E sempre me pareceu lógico que, para transformar a cidade, o melhor jeito é esclarecer, trazer as pessoas para o nosso lado. E a partir daí promover uma mudança digamos natural. Acredito que formar a consciência coletiva é uma força mais transformadora do que só cobrar governos. O caminho é um tanto óbvio, mas que a maioria dos ativistas da caminhada tem ignorado isso.
Bato nessa tecla desde o primeiro artigo e continuo afirmando: para dar corpo e peso ao tema, em primeiro lugar é preciso explicar o que é mobilidade a pé e por que ela é interessante para todos. Não tenho dúvida de que há milhares de pessoas que podem se interessar pelo tema. O problema é que não estamos chegando nelas.
Uma das primeiras lições que se aprende em comunicação social é que somos 'tradutores' dos assuntos para a sociedade. Quando se escreve a um público leigo deve-se falar de forma clara, sem perda da qualidade da informação, evidentemente. Digo isso porque estamos falhando em traduzir o tema mobilidade para a sociedade.
Pense em como nos comunicamos: termos técnicos como pedestrianismo, modais, pedonal, rodoviarista, semafórico, material particulado, botoeira...?; caminhabilidade então, já começa que é um trava-línguas. Palavras só usadas em rodas de especialistas estão sendo nossa comunicação básica. Mas como vamos atingir, digamos, do ajudante de pedreiro até o diretor de empresa, nos expressando nessa linguagem tão distante da realidade de todo mundo?
Seduzir pelo tema
Há uns 15 anos, li um artigo na revista "Trip" (publicação que traz matérias não convencionais) que tratava dos desafios enfrentados pelos defensores de causas sociais e ambientais em meio ao mundo da propaganda de massa. Dizia o texto: como pedir às pessoas para usarem menos o carro se somos bombardeados a todo momento por uma publicidade rica e contagiante, que vende o automóvel como algo fantástico? Ou, como pedir às pessoas que consumam menos, se é do capitalismo vender mais e mais?
Como solução, o autor propunha um "jogar com as mesmas armas". Defendia assim que o sucesso ou o naufrágio de qualquer tema ambiental ia depender da propaganda, e para isso era preciso "erotizar" (Eros, na mitologia grega, era o deus das paixões, dos desejos intensos, em suma, daquilo que move o ser humano) qualquer tema que fosse ambiental (ou seja, não muito rentável) fazendo com que se tornasse palatável à sociedade. Era preciso sensualizar o discurso e apelar para nossos desejos. Tudo o que a propaganda faz o tempo todo.
Deixar a causa sedutora seria transformar um tema ambiental num valor pessoal, que diferenciaria o seu adepto dos demais. Faz todo sentido: nós, seres humanos, sempre queremos demonstrar que temos valores altíssimos que nos distinguem uns dos outros. Algo assim como hoje as pessoas encherem a boca para falar que não comem carne, pois vêem isso como um diferencial.
O artigo na Trip afirmava que para as pessoas enxergarem as questões ambientais como importantes era preciso primeiro embutir esse valor do ideal, de torná-las uma "causa descolada, cool, de gente diferenciada". Fato é que acertava em cheio: passados anos, hoje as pessoas gostam de dizer que são verdes, que compram este ou aquele produto pelo modo como é fabricado, que não usam couro etc. Hoje é "cool" ser consciente.
Exatamente o que temos que fazer com a questão da mobilidade a pé: mostrar que caminhar é coisa de gente antenada e, sobretudo, consciente. O que não deixa de ser verdade; mas o que importa é que podemos usar esse discurso para trazer mais pessoas para o ativismo.
Capitalização do conceito
A indústria, que está sempre a par das tendências, não perde tempo e já está se apropriando do termo mobilidade para vender seus produtos e capitalizar. Espertinhos como sempre, já assimilaram o conceito e o estão usando a seu favor. Observe as propagandas de carros e motos: usam a palavra mobilidade para vender mais. O termo foi absorvido pelo marketing e virou produto. Os debates sobre cidades inteligentes (smart cities) também revelam um interesse maior em como ganhar dinheiro com essa tal mobilidade conectada e menos no cidadão que precisa andar a pé.
Repare no logotipo usado na fachada de uma concessionária. O carro é vendido como solução para mobilidade. Não se pode negar que o desenho é genial. Foto: José Osvaldo Martins
Falta de identidade e de sentimento de grupo
Quando falamos em pessoas que andam, nem é possível dizer que são minoria. Ao contrário, os pedestres são maioria e andar ultrapassa qualquer questão de raça, gênero, condição social: é algo de todos. Mas até por isso - pelo fato de não ser uma bandeira - há aí um problema essencial: não pressupõe um sentimento de grupo!
Como reunir estes caminhantes em torno de um ideal? A primeira coisa é fazer com que se reconheçam como membros de um grupo e, a partir disso, fazê-las pensar em mudanças positivas para seus pares. O sentimento de grupo e pertencimento precisa primeiro se instaurar para então haver na sociedade uma tendência e uma cobrança por mudança. Essa força coletiva é que faz as coisas acontecerem mais rápida e amplamente.
Analfabetismo em mobilidade a pé
Primeiro as pessoas precisam ser levadas a entender o que se propõe, para então fazê-las cobrar governantes. Com a maioria interessada, será bem mais fácil e até um movimento natural. Em outras palavras, é preciso primeiro combater o analfabetismo em mobilidade.
Tenho dois vizinhos - um que cursou ao menos pós-graduação; o outro, o ensino fundamental. O que ambos têm em comum? Nenhum dos dois faz a menor ideia do que é Caminhabilidade (é de comer?). Percebam que não é uma questão de grau de instrução; ocorre que o tema que não tem chegado a eles, apenas isso. Não se está difundindo e espalhando o assunto efetivamente.
Mais uma. Outro dia eu e um amigo estávamos indo à praça com nossos filhos. No caminho havia uma calçada ideal, sem desníveis e obstáculos. Eis que de repente, ao ver o piso tátil, ele diz apontando: “Tá vendo isso aqui? Serve pra massagear os pés, sabia?” Fiquei mudo por um instante, achando que era uma brincadeira, mas ele falava com convicção. Então expliquei que aquilo era uma trilha para guiar cegos. Ele me olhou surpreso, e depois de pensar um pouco concluiu um pouco envergonhado “É... faz sentido”.
Um outro amigo, que é bem esclarecido, ao saber que eu estava escrevendo sobre mobilidade, disse que já que eu era especialista em “andamento”, se sabia de um lugar bom para comprar esteira (de caminhada)!!!
Também comentei em artigo anterior que tenho vários conhecidos com mobilidade reduzida e nenhum deles tem a mínima noção do que seja mobilidade ativa.
Vê? São casos que mostram em que nível está o conhecimento da população em geral sobre mobilidade a pé. Não, estes não são casos isolados, são amostras sólidas do conhecimento que a população tem sobre o tema.
E a própria mídia não conhece o tema. O que tem feito é apenas trocar a palavra transporte por “mobilidade urbana”. Poucos são os jornalistas que têm um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto.
Conscientizar as pessoas é o melhor remédio
Um exemplo de que apostar no governo não resolve tudo: muitos cidadãos adoram falar da tal indústria da multa quando se referem a condição do asfalto. Ora, se a prefeitura fosse multar todas as calçadas irregulares da cidade ia ganhar muito mais dinheiro com isso, mas é claro, essa seria uma medida impopular e nenhum prefeito teria essa coragem.
Cobrar o poder público é um caminho, e sim dá resultado, mas não é o único.
Sinceramente, não podemos que os orgãos oficiais resolvam todo o problema da caminhabilidade, se o cidadão não estiver junto nessa empreitada. Acredito que a mudança individual do jeito de pensar, causa mais efeitos no cenário urbano que muitas políticas públicas.
O prefeito não anda a pé, nem o vereador, a prefeitura quando muito está interessada em arrumar as calçadas apenas das grandes avenidas. Neste exato momento enquanto você lê isso, alguém está construindo uma rampa pra garagem ou um murinho na calçada. Mudar isso exige mais do que cobrar governantes, exige mudar a forma como as pessoas veem uma calçada.
Uma boa medida para começar a mudar isso seria formar um braço dentro dos grupos de ativismo a pé focado em conscientizar o cidadão, algo como uma "Frente de Conscientização do Caminhante", um grupo multidisciplinar, com pessoas de diferentes ramos de atuação, responsável por pensar estratégias para atingir o cidadão comum.
Quem melhor pra dizer como estão as calçadas da cidade do que o carteiro?
Cadê a calçada que estava aqui? Foto: José Osvaldo Martins
Excesso de academismo e pensamento formal
Dizem que todo ativista é um chato, o que em parte é verdade. Se levar a sério demais talvez seja um problema, ser repetitivo e só falar com quem fala sua lingua são alguns dos riscos. O ativista de vez em quando também se pergunta se o que faz está realmente fazendo alguma diferença.
Fato é que debater só com uma turma de entendidos não gera novos adeptos. É preciso sair da caixa, estourar a bolha para atingir mais pessoas, senão corremos o risco de ficar falando sempre só entre nós mesmos. Se o ativista é um tipo de pensador de vanguarda, tem uma grande responsabilidade que é o de espalhar entre os outros a mensagem.
Ficar discutindo dentro de universidades numa linguagem retórica e rebuscada também terá pouco resultado. Se estamos falando de um assunto que deveria ser de interesse e alcance da massa. O seu tcc com título como A Vascularização do Pedestrianismo Introjetado ao Modelo Rodoviarista das Urbes, é muito bom para impressionar orientador, mas não vai chegar nunca a ser lido pelo cara que está andando agora lá fora e é o real interessado em ter uma cidade sustentável.
Quando me interessei pelo tema do caminhar passei a procurar cursos de formação em mobilidade para aprofundar meus conhecimentos. Quanta foi minha decepção. Todos falavam sempre em cobrar o poder público, mas nunca em estratégias de fomento do debate público e disseminação da questão para a sociedade. Mais ainda, o perfil dos participantes: quase todos estudantes de arquitetura, alguns de gestão pública, um ou outro engenheiro perdido, mas raramente uma pessoa qualquer interessada participando. Isso fala muito como mobilidade é um tema alienígena a sociedade e como os próprios ativistas estão errando em popularizar a questão.
A mensagem não deveria ser o contrário? Ou você já viu, na saída de uma garagem um aviso piscante dizendo ao motorista Cuidado Pessoas ?
De pouco adianta "lives", cursos e seminários para um grupo seleto de iniciados e profissionais da área, se o "Seu José", o pedreiro que faz a calçada não fica sabendo o que é mobilidade a pé.
Falar a quem já sabe do assunto não é desafio nenhum. Quero ver é falar a quem não tem base nenhuma do assunto. Glória mesmo é dar uma palestra sobre mobilidade ativa na associação dos motoboys e sair de lá aplaudido.
A mensagem é mais importante que o mensageiro: Cases de sucesso em ativismo
Deixar o tema acessível e emocionante é o segredo para o sucesso de uma causa. Todo mundo deve lembrar das propagandas do Greenpeace veiculadas na tv, imagens incríveis de ativistas invadindo navios, enfrentado baleeiras, sabotando plataformas, como piratas ecológicos, as cenas impressionam e fizeram muita gente doar ou mesmo querer se afiliar em busca daquela vida emocionante, não é? Pois no tempo da faculdade, minha professora propôs que os alunos fizessem uma pesquisa e apresentassem um seminário sobre alguma ONG, e lá fomos eu e uma colega conhecer a sede do GreenPeace aqui em SP.
Chegando lá o que vimos estava longe de ser aquele trabalho de intrépidos ecologistas, o que vimos foi uma casa antiga alugada com um pequeno grupo administrativo em pequenos escritórios na entrada e lá no fundo, num jardim um monte de adolescentes quase todos de classe média, bem alimentados, com muito tempo livre e a procura de uma causa, conversando e aguardando ordens. Um cenário bem monótono e que não lembrava em nada as ações espetaculares mostradas na televisão. Mas o Greenpeace sacou há muito tempo algo lógico, que engajar as pessoas depende muito da imagem.
Quando o "Médicos Sem Fronteiras" põe uma propaganda na tevê, não é à toa que colocam aquela música emocionante e imagens impactantes que tocam e fazem as pessoas quererem participar na hora. É que a parte chata, burocrática e entediante do trabalho não gera doação e engajamento. Uso esses exemplos, pra mostrar que não só o que se faz é importante, para se levar uma causa adiante a imagem do que se faz é essencial.
Recalculando a rota. Revendo estratégias
Potencializar o alcance da mensagem. O que os grupos de ativismo a pé têm de fazer é usar a mesma arma, mostrar que andar a pé é coisa de gente descolada, inteligente, consciente e legal. Para isso a propaganda é a arma do negócio, em nosso peito bate um alvo muito fácil. É preciso escancarar o tema, jogar no ventilador, pôr a bunda na janela mesmo, espetacularizar o negócio. Afinal esse discurso insipido de “menos carros” não tá dando muito resultado.
Uma das primeiras coisas a se fazer é envolver mais partes interessadas, diversificar o perfil das pessoas envolvidas. Ao invés de juntar um monte de especialistas em urbanismo e gestão pública, trazer e dar voz a outros atores da sociedade, com outras vivencias e pontos de vista, quanto pode-se ganhar envolvendo designers gráficos, publicitários e profissionais de marketing, relações públicas, desenhistas, videomakers, radialistas, professores, pessoas com outras visões e soluções que também são produtores de conteúdo e formadores de opinião. Quanto mais experiências e ramos de atuação dos engajados mais fortes os grupos de ativismo a pé se tornam.
Para chamar a atenção vale tudo. Coisas aparentemente simples podem gerar um resultado imenso a longo prazo. Algumas possíveis ações que geram visibilidade:
- Adesivos e camisetas com frases de efeito. Adesivos são conceitos sintetizados e andam por todo lugar, as pessoas frequentemente subestimam o poder de persuasão que tem um adesivo. O mesmo se pode dizer de camisetas
- Lambe-lambe e estênceis nos muros são ótimos para chamar a atenção também
- Manifestos abertos em jornais. De preferência na edição de domingo
- Pintar as ruas e calçadas com brincadeiras para as crianças, assim se apropriando do espaço público e chamando a atenção para o fato de haver pessoas ali
- Ações diretas pacíficas. Imagine um cenário hipotético: em plena hora do almoço, com aviso prévio aos meios de comunicação é claro, na avenida paulista em frente da emissora de televisão uma multidão de ativistas descalços, eles param a avenida por alguns minutos, o suficiente apenas para as pessoas ficarem curiosas e saber o que estão reivindicando. A ação aparece nos jornais, tv e internet. A manchete: “Ativistas pedem cidades mais humanas e com mais condições para quem caminha.”
- Arrumar parceiros com interesses em comum: Imagine uma empresa que teria interesse em se associar a causa. Uma grande empresa de calçados como a Nike ou a Adidas por exemplo. Eles fabricam tênis, tudo a ver com caminhar, as pessoas usam tênis para andar, se uma dessas empresas apoiarem a causa gera muita visibilidade e propaganda positiva, ambos tem muito a ganhar, a empresa com responsabilidade social e os ativistas com visibilidade a causa. Aplicativos contadores de passos, também são parceiros em potencial
- Parceria com revistas que tenham, por sua própria linha editorial, alguma afinidade com o tema, como Go Outside, Trip, National Geografic, etc, ou seja que tratem de esportes, ecologia e afins
- Uma figura pública também gera muita atenção para qualquer tema. Imagine um Rodrigo Santoro ou um Sergio Cortella dizendo que gosta de caminhar e é a favor. Se a Anitta disser que gosta de andar a pé então... vai bugar a cabeça desse povo.
E qualquer outra ação em que conseguirmos pensar. Frases de efeito para adesivos, camisetas e outros suportes: Andar é melhor que sonhar; Só a pé se vê o mundo; Caminhar é revolucionário; Quer mudar o mundo? Começe pela sua calçada; Andar é para os fortes.
"Andoativismo"
Como eu disse, escrever de uma forma interessante e clara ainda é uma das melhores formas de falar a todos. Pensando nisso volto ao que falei lá em cima, temos que rever nosso vocabulário. Não temos nem um nome bom para nossa causa. Proponho Andoativismo; simples, sonoro, fácil de lembrar e remete imediatamente ao que estamos buscando.
Por fim me despeço neste último artigo da série, repetindo o que busco desde o primeiro texto, popularizar a causa, é isso que temos que fazer. Se queremos realmente crescer e acontecer vamos falar a todos, façamos nossa causa chegar ao conhecimento do dono da banca de jornal, ao motorista de entregas, ao pastor, ao frentista, ao professor de educação física, a vendedora da loja, ao pipoqueiro, o dentista, o micro empresário, o coletor de lixo, o padeiro, o policial, a enfermeira, o mecânico, o padre, o flanelinha, ao bancario e o banqueiro, enfim a todos.
Resumindo: Enquanto o servente de pedreiro não souber o que está sendo defendido, então não teremos cumprido nosso objetivo de ir rumo a cidades caminháveis. Afinal, caminhabilidade que bicho é esse?!
Um toque:
Todos os meus textos podem ser vistos digitando o nome José Martins aqui na lupa de busca do MobilizeBrasil.
Amar e mudar as coisas. Amar e mudar as coisas...Interessa mais (Alucinação- Belchior).
E continue caminhando.
*José Osvaldo Martins é jornalista de formação, com especialização em Ensino Lúdico e extensão em Geografia Urbana, entre outros. É trabalhador, pagador de impostos, cidadão, pai, escritor quando há tempo, motorista habilitado, ciclista por prazer, mas no fundo só um caminhante que vive e circula na Grande São Paulo.
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