Bicicletas e patinetes elétricos: como melhorar seu uso no país?

Estudo traz dados da utilização desses veículos elétricos na mobilidade urbana e sugere mudanças: na legislação, nos modelos de negócios e no comportamento dos motoristas

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Fonte: Fundación Mapfre  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 15 de setembro de 2021

Estudo avalia mobilidade por bikes e patinetes elé

Estudo avalia mobilidade por bikes e patinetes elétricos

créditos: Reprodução (capa)

Bicicletas e patinetes elétricos, os chamados veículos elétricos de mobilidade pessoal (ou VMPs), são cada vez mais comuns como meios de transporte utilizados por moradores das cidades brasileiras. Agora, um estudo lançado nesta terça-feira (14), realizado pela Fundación Mapfre em parceria com o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), contextualizou o uso desses sistemas de micromobilidade no Brasil e apontou para as implicações de seu uso na segurança viária, entre outros aspectos.   

 

Os temas abordados na pesquisa "Segurança viária e veículos elétricos para mobilidade pessoal no Brasil: contexto, percepções e perspectivas" são: segurança viária, legislação, representação dos VMPs na mídia nacional, estudos acadêmicos nacionais e internacionais, potencial consumidor de VMPs elétricos no Brasil e sistemas de compartilhamento, entre outros.  

 

O trabalho também analisou os efeitos da pandemia de covid-19 na utilização desses sistemas e constatou que, ao mesmo tempo que empresas tiveram de retirar seus veículos da rua, outras ganharam força ao passar a adotar bicicletas, por exemplo, nos serviços de entrega.

 

Principais conclusões do estudo: 

- A circulação de VMPs elétricos, de forma geral, é regulada pelas mesmas normas estabelecidas para modos similares à propulsão humana. E são muitas as cidades que não têm legislação específica para esses veículos.

 

- A promoção de segurança viária para VMPs elétricos se faz por meio de medidas de acalmamento de tráfego, redução de velocidades e construção de infraestrutura dedicada a modos de transporte da micromobilidade. 

 

- Os sinistros ocorridos com ciclistas de bikes elétricas são muito parecidos com aqueles observados entre ciclistas de bicicletas comuns. Já as ocorrências com patinetes elétricos sugerem uma maior incidência de quedas por desequilíbrio ou imperfeições no pavimento (buracos, grelhas etc.)

 

- Para se tornar modo de transporte viável na realidade brasileira, o patinete elétrico precisa se adaptar a particularidades urbanas de nossas cidades. Ajustes necessários para responderem às nossas características climáticas, viárias e de circulação seriam: adequações de freios, suspensão, rodas e pneus. 

 

- O perfil dos usuários de VMPs elétricos no Brasil ainda é muito elitizado e, por enquanto, é um produto com maior entrada nas classes mais altas. 

 

- É importante haver uma revisão do modelo de negócio dos sistemas de compartilhamento dos VMPs para que servam de fato como ferramentas de democratização. A cobrança por tempo de uso mostrou ser um estímulo à velocidade, com maiores riscos de eventuais acidentes. O ideal é que a cobrança seja feita de acordo com a distância (km inicial ao km final).

 

Para ler na íntegra o estudo "Segurança viária e veículos elétricos para mobilidade pessoal no Brasil: contexto, percepções e perspectivas", clique aqui. 

 

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