Nesta edição, a pesquisa Origem-Destino da Região Metropolitana de Belo Horizonte está sendo feita a partir de dados de telefonia, anunciou nesta terça-feira (24) o governo mineiro, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e da Agência RMBH.
O levantamento, denominado Matriz Origem-Destino de Pessoas por Dados de Telefonia 2019 e 2021 (Matriz OD), informa a movimentação das pessoas no território em um dia típico, em cada faixa de horário. A partir dele, é possível conhecer por exemplo o fluxo que sai de determinado bairro com destino ao centro da cidade. O conjunto de dados obtido é importante porque serve de base para o planejamento e a elaboração de políticas públicas com foco na mobilidade metropolitana.
O "Relatório de Metodologia e Resultados OD RMBH" pode ser acessado clicando neste link.
Dados de telefonia
A Matriz Origem-Destino na RMBH tem sido construída a partir de pesquisas de campo ao longo de décadas. Nesta edição, há a inovação de ser feita por meio de dados de telefonia. Isso quer dizer que o deslocamento das pessoas é inferido por meio da movimentação de celulares.
Os aparelhos fazem conexões com as antenas de telefonia, onde o deslocamento fica registrado. Assim, por meio da análise de big data é possível construir a Matriz OD. Cabe ressaltar que as informações são anônimas e agregadas, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados.
Avanços
Até 2012, a matriz era elaborada a cada dez anos, em pesquisas de campo, e os dados representavam apenas um dia útil. Na edição 2019/2021, feita com dados de celular, já foi possível refinar as informações coletadas e separar dias úteis de sábados, domingos e feriados.
Além disso, segundo a Agência RMBH, as matrizes OD de 2019 e 2021 custaram 17 vezes menos que a matriz de 2012.
"A pesquisa origem-destino é fundamental para o planejamento do transporte metropolitano. Por ela, conseguimos realmente saber onde está a demanda, e como podemos ajustar a oferta. Como o transporte público é muito dinâmico, um levantamento como esse nos permite olhar para a rede de transportes anualmente, com mais agilidade na redefinição dos serviços oferecidos à população", explica o subsecretário de transportes da Seinfra, Gabriel Ribeiro Fajardo.
Além de Belo Horizonte, o estudo contempla os municípios de Baldim, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e Vespasiano.
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