Batedeira ou montanha russa. Esses e outros “apelidos” são destinados o monotrilho da Linha 15-Prata por conta de seu balanço, que às vezes causa certa estranheza nos passageiros novos do meio de transporte que liga a Vila Prudente e São Mateus, em São Paulo.
Há as vezes a comparação com os sistemas sobre trilhos, já que o método de operação do monotrilho é o mesmo do Metrô. Mas se trata de tecnologias diferentes.
Nas redes sociais, um passageiro questionou o presidente do Metrô, Silvani Pereira, sobre o motivo do balanço, e o diretor da estatal explicou os motivos. “O monotrilho é um sistema transporte sobre pneus, com tração elétrica, que corre 'abraçado' a uma viga de concreto e possui característica de movimentação diferente dos trens convencionais, que correm em contato com trilhos de aço. Portanto, oscilações são normais neste tipo de modal e comumente encontradas em outros monotrilhos em operação em diversos países. Mas tudo é muito seguro”, garante Silvani.
Estrutura bem elevada do monotrilho, em foto da obra da futura estação Jardim Colonial. Foto: Divulgação/ Metrô SP
E por que as estações são tão altas?
As estações da Linha 15-Prata do monotrilho estão em média a 15 m de altura, assim como as pilastras que sustentam a viga-trilho por onde correm os trens com sete carros. Isso permite que do alto das paradas, e do interior das composições, os passageiros contem com uma ampla vista da região.
Acessar as plataformas, no entanto, significa subir pelo menos dois lances de escadas. E fica a pergunta: Por que as estações do monotrilho na Linha 15-Prata são tão altas?
Nas redes sociais, o presidente do Metrô respondeu dando três motivos para que a construção da via e estações sejam nessa altura. A primeira, diz Silvani, foi para não interferir no tráfego da região, como o da avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, por onde passam veículos pesados, com cargas superdimensionadas.
Outro aspecto destacado por Sivani é a integração do projeto paisagístico que revitalizou a região. Elevando a estrutura, ele explica, foi possível colocar árvores no canteiro central e permitir a passagem da luz natural. Foi preocupação dos projetistas não ter um elevado semelhante ao 'Minhocão'.
O terceiro ponto foi manter a via do monotrilho sem grandes rampas, já que a Avenida Sapopemba, por exemplo, está em um ponto mais alto do que a Anhaia Mello.
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