Moradores de Diadema (SP) querem uma cidade com menos carros

Pesquisa da prefeitura com a população aponta para outra cidade, mais humana, com calçadões, ciclovias, áreas de lazer e um transporte coletivo melhor e mais barato

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Fonte: Prefeitura de Diadema  |  Autor: Mobilize/ Prefeitura de Diadema  |  Postado em: 28 de julho de 2021

Índice de deslocamentos a pé (40%) é alto em Diade

Índice de deslocamentos a pé (40%) é alto em Diadema

créditos: Divulgação/Prefeitura de Diadema

As propostas dos moradores de Diadema ao Plano de Mobilidade Urbana apontam para uma cidade diferente, que seja mais humana – com foco nas pessoas – e que tenha mais áreas de locomoção a pé e de bicicleta, mais calçadões, áreas de lazer e centros de compras sem carros.  

 

Se depender da população, essa cidade na região metropolitana de São Paulo vai ter ciclofaixas seguras nas principais vias e espaços que garantam uma caminhada acessível, sem barreiras nas calçadas e com faixas de pedestres, guias rebaixadas e boa iluminação. E o transporte coletivo será ágil, seguro, confortável e com tarifa social.

 

A “nova” cidade é o resultado de pesquisa de campo com 654 pessoas, realizada em junho em todas as regiões de Diadema. Foram ouvidas mais mulheres (55%) que homens, a maior parte (58%) com idade entre 20 e 45 anos, e 32% acima de 45 anos. A maioria (61%) usa transporte coletivo e 21% se desloca de carro.

 

Deslocamentos a pé

O resultado é ainda mais significativo considerando que cerca de 40% dos deslocamentos são feitos a pé em Diadema, percentual bem acima da média dos municípios metropolitanos.  

 

Dos entrevistados, um terço anda diariamente, seja em atividade física ou para ir ao trabalho, à escola ou às compras. Com a pandemia, a esse grupo foram incorporados os desempregados e aqueles que preferem economizar o dinheiro da tarifa. Tem ainda aqueles que se deslocam a pé em razão da demora dos ônibus.

 

A maior dificuldade dos pedestres é o estado das calçadas, que são estreitas, irregulares e com muitas barreiras. Quem se desloca a pé quer mais condições de mobilidade, sem a necessidade de disputar espaços com os carros. E ruas e avenidas com mais sinalização viária horizontal, principalmente faixas de pedestres, e mais guias rebaixadas para as pessoas com mobilidade reduzida.

 

Ciclovias

Diadema não tem um relevo plano, mas, mesmo assim, o deslocamento por bicicleta é uma alternativa para a maioria (53%) dos entrevistados desde que existam ciclovias seguras, bem sinalizadas e com piso acessível.  

 

A considerar a opinião dos entrevistados, o transporte coletivo sofreria grande reformulação para oferecer um serviço mais rápido – com corredores exclusivos – e um número maior de ônibus com horários regulares para reduzir o intervalo de espera. O aumento na qualidade e na eficiência do serviço de ônibus, mais uma tarifa em conta e o fim da catraca nos terminais, fariam aumentar o número de usuários.

 

Para José Evaldo, secretário de Transportes, a consulta popular confirmou o diagnóstico feito pela equipe técnica da necessidade de privilegiar no Plano a mobilidade a pé e de bicicleta. “Diadema estava na contramão das políticas de sustentabilidade e de valoração das pessoas ao desenvolver políticas de estímulo ao uso do transporte por carro. Estamos corrigindo essa rota”, comentou. 

 

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