O caso do VLT parado de Macaé (RJ): solução à vista?

Empresa belga faz estudos para avaliar condição de trens, trilhos e dormentes do sistema de veículos leves lançado em 2009 e que nem chegou a operar na cidade fluminense

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Fonte: Mobilize/ Prefeitura de Macaé  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 08 de junho de 2021

Técnicos de empresa belga em vistoria aos trens do

Técnicos de empresa belga em vistoria aos trens do VLT

créditos: Secretaria de Mobilidade Urbana

Tem sido bem comentada na mídia a polêmica do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá, uma "novela" que se arrasta desde 2015... Mas há outro caso emblemático, até mais antigo, no entanto menos lembrado: o do VLT de Macaé (RJ), projeto lançado em 2009, previsto para ser inaugurado em três anos, mas parado desde sempre. 

 

Em ambos, o motivo da interrupção foi a suspeita de irregularidades no contrato. Em comum, revelam o conhecido desperdício do dinheiro público em nosso país, com perda de equipamentos e inúmeros prejuízos à sociedade e à mobilidade urbana. 

 

Agora, na cidade fluminense, a busca por uma solução parece estar mais próxima. Na última sexta-feira (4), representantes da Prefeitura de Macaé (RJ) e uma equipe da empresa belga John Cockerill, com expertise na área, realizaram uma visita técnica ao pátio ferroviário onde estão depositadas as quatro composições do VLT. 

 

Solução para o transporte público

Segundo a Prefeitura, o objetivo é iniciar estudos que tentem viabilizar a operação do modal: "Os levantamentos e estudos técnicos, a partir do conhecimento e experiência da empresa John Cockerill, mostrarão qual a melhor destinação para esse modal ferroviário. O que queremos é dar uma solução que seja viável para o transporte público e que atenda a população da melhor forma", destacou o secretário de Mobilidade Urbana, Jayme Muniz.

 

Neste primeiro momento, explica Muniz, serão avaliadas pela empresa as condições dos trens, assim como dos trilhos e dormentes e, conforme o que for apontado, a Prefeitura terá como definir os rumos do planejamento. 

 

Técnicos da John Cockerill examinam peças do VLT, há anos sem manutenção. Foto: Ass. Secretaria de Mobilidade Urbana

 

Vale lembrar que, à época de seu lançamento, foram investidos no VLT de Macaé pela prefeitura R$ 15 milhões na compra dos veículos, e o valor total da estrutura chegou a R$ 25 milhões. 

 

A expectativa agora é para a conclusão dos estudos pela John Cockerill, que, como já foi dito tem expertise no segmento, no que se refere à manutenção, construção, elaboração e operação de locomotivas. O grupo de engenharia mecânica, com sede na Bélgica, produz ainda máquinas para usinas siderúrgicas, equipamentos de recuperação de calor industrial e caldeiras, bem como locomotivas de manobra e equipamentos militares. 

 

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