A capital portuguesa Lisboa vai ganhar uma nova opção de transporte público fluvial ambientalmente sustentável. Trata-se de um conjunto de balsas que vão operar no rio Tejo por um sistema de propulsão 100% elétrico. A decisão foi aprovada no final de janeiro, com a assinatura de um contrato entre a fabricante de soluções elétricas ABB e a montadora de veículos marítimos Astilleros Gondán.

A nova frota é composta por dez embarcações de 40 m de comprimento, com capacidade de levar até 540 passageiros. As balsas navegarão a uma velocidade máxima de 17 nós - o equivalente a 31,4 km/h - para cumprir uma rota pelo Tejo ligando a capital a três localidades: Cacilhas, Seixal e Montijo, todas ao sul do rio.

Em relação às embarcações atuais, movidas a óleo diesel, os novos modelos apresentam menores taxas de consumo energético e não emitem gases de efeito estufa (GEE). 

A expectativa do governo é substituir as atuais balsas da empresa de transporte público da região, a Transtejo, e ir gradativamente, até 2023, passando a operar com as embarcações elétricas. 

O objetivo é atingir a neutralidade em emissões de carbono na capital portuguesa até 2050, e a eliminação do uso de combustíveis fósseis no setor de transportes é um dos pontos mais importantes do plano.

Modelo gráfico de balsa elétrica da ABB que navegará o rio Tejo. Imagem: Astilleros Gondán

Leia também:
Portugal quer transformar o Tejo em via para transporte de carga
Área central de Lisboa será fechada aos carros a partir de junho
Brasil utiliza apenas um terço do potencial de sua malha hidroviária
Portugal e Turquia, novas forças na produção de bicicletas