Nos próximos dias, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) fará a colocação do asfalto e a pintura da sinalização horizontal e vertical no espaço de 416 metros construído entre as avenidas Erico Verissimo e Azenha.
A engenheira Lisandra Fraga Limas, responsável pelo setor de Projetos Cicloviários da EPTC, ressalta que o trecho deveria ter sido inaugurado em dezembro do ano passado. No entanto, a obra sofreu atraso em função de dois problemas: a substituição dos tubos de concreto em frente das linhas de transmissão da CEEE e a definição do modelo de guarda-corpo (proteção) a ser colocado na ciclovia para impedir a queda do ciclista no arroio Dilúvio.
"Realizamos diversas reuniões com técnicos da CEEE, da Sulgás e da prefeitura e conseguimos chegar a um consenso sobre o material utilizado na ciclovia", destaca. De acordo com Lisandra, será utilizada uma proteção de madeira que ficará localizada ao lado do Dilúvio ao longo dos 9,4 quilômetros da estrutura. "No caso de desequilíbrio e queda do ciclista, o guarda-corpo evita que ele caia no Dilúvio ou na avenida Ipiranga", destaca.
Segundo Lisandra, a previsão é de que a conclusão da extensão total da ciclovia da Ipiranga, no trecho entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva até a Antônio de Carvalho, ocorra em junho deste ano.
O presidente da Associação dos Ciclistas da Zona Sul, Paulo Roberto de Souza Alves, destaca que a ciclovia da Ipiranga será importante porque vai propiciar que mais pessoas utilizem a bicicleta durante a semana. "Muita gente anda apenas nos finais de semana e em locais como parques e a Terceira Perimetral. Muitos ciclistas têm medo de andar nas ruas da Capital porque os motoristas não respeitam a bicicleta", comenta. Alves acredita que o espaço não será utilizado apenas para o lazer, mas pelos trabalhadores e estudantes. "Será uma oportunidade para quem gosta da bicicleta e uma opção para os congestionamentos cada vez mais frequentes na cidade", acrescenta.
A ciclovia está sendo construída às margens do arroio Dilúvio e terá duplo sentido de circulação. Além disso, mudará de lado em alguns pontos da avenida para um melhor aproveitamento do espaço. A pista de asfalto terá piso na cor vermelha, sinalização horizontal e vertical (placas e pinturas) e sinaleira para ciclistas. A obra está avaliada em R$ 2,5 milhões, recursos provenientes do Grupo Zaffari e do shopping Praia de Belas.
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