Cada vez mais populares pelos esforços que a indústria vem realizando, os carros elétricos não serão capazes de cumprir as metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa, mostra uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.
O trabalho (veja aqui) foi coordenado pelo pesquisador Christian Brand, professor assistente na área de Transporte, Energia e Ambiente da universidade, e aferiu as emissoes de CO2 nos deslocamentos diários de mais de 4 mil pessoas durante dois anos. Os resultados não deixaram dúvidas: trocar o uso do carro movido a gasolina ou diesel pela bicicleta representa uma redução de 30 vezes nas emissões de gases de efeito estufa. Já no comparativo entre a troca de motores a combustão por carros elétricos ou por bicicletas, as magrelas mostram-se dez vezes mais benéficas para a redução de emissões do que a eletrificação.
A pesquisa acompanhou pessoas que vivem em Londres, Antuérpia, Barcelona, Viena, Orebro, Roma e Zurique. Durante um período de dois anos, os participantes completaram 10 mil registros de viagens que fizeram a cada dia, seja indo para o trabalho de trem, levando as crianças para a escola de carro ou andando de ônibus para a cidade. Para cada viagem, calculamos a pegada de carbono.
As pessoas que pedalaram diariamente tiveram 84% menos emissões de carbono em todas as suas viagens diárias. E quem trocou o carro por bicicleta um dia por semana reduziu sua pegada de carbono em 3,2 kg de CO² , o equivalente às emissões de dirigir um carro por um trajeto de 10 km.
Comparação entre modos de transporte utilizados pelos 4 mil participantes da pesquisa
As pegadas, da fabricação ao descarte
Ao comparar cada modo de deslocamento, levando em consideração o carbono gerado para a fabricação dos veículos, o abastecimento com combustíveis ou eletricidade, e o descarte ao final da vida útil, descobriu-se que as emissões do ciclismo podem ser mais de 30 vezes menores para cada viagem do que dirigir um carro a gasolina, e cerca de dez vezes menor do que dirigir um carro equivalente, mas elétrico.
Leia o artigo original (em inglês) no site The Conversation
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