Testes da infraestrutura para a passagem do Metromare, nova linha de BRT (Bus Rapid Transit) que ligará as cidades de Rimini e Riccione, no mar Adriático, começaram ontem (19) na Itália.
A nova linha será operada por nove trólebus modelo Exqui.City 18, fabricados pela empresa belga Van Hool. O investimento no sistema é de 92 milhões de euros (R$ 580 milhões), dos quais 60% financiado pelo governo italiano.
Até agora, três destes trólebus desembarcaram na Itália, já que a crise da covid-19 retardou o fornecimento dos veículos. Os trólebus têm realizado uma série de viagens de ida e volta, tanto com a tração a cabo como em modo de marcha autônoma (que os veículos utilizarão diariamente para se deslocar da garagem à linha).
Na plataforma Exqui.City 18, o operador poderá escolher o tipo mais adequado de motorização a ser adotado para conduzir o trólebus, segundo as características topográficas encontradas no trajeto. Isso porque essa plataforma é dotada de propulsão múltipla e flexível, projetada para acomodar mais de uma tecnologia de propulsão.
A expectativa é que o novo modal proporcione uma viagem tranquila, com regularidade de funcionamento, conforto interior e boa iluminação. Nestes trólebus, outro detalhe é que a cabine do motorista é isolada do ambiente dos passageiros.
Economia de tempo
Primeira do tipo a ser adotada na Itália, a linha Metromare BRT, baseada em trólebus elétricos que operam em faixas prioritárias, vai conectar Rimini e Riccione em menos de 25 minutos. Uma boa economia de tempo, já que no período de verão, por exemplo, esta redução foi estimada em até 60%.
Além disso, o novo sistema vai reduzir o tráfego na rodovia litorânea de Rimini em mais de dez mil carros por dia, e com isso evitar a emissão de 11% de partículas no ar.
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