Nesta edição, o Boletim Mobilize lembra as mortes de pedestres e ciclistas, que continuam a acontecer impunemente em todo o Brasil. Marina Harkot foi uma dessas vítimas.
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Olá. Eu não gosto de alardear notícias ruins aqui em nosso Boletim, mas hoje vou fazer uma exceção. No sábado, a socióloga e cicloativista Marina Harkot morreu atropelada quando pedalava em uma avenida de São Paulo. O motorista fugiu sem prestar socorro. Marina lutava para aumentar o respeito às mulheres ciclistas e chegou a desenvolver um trabalho de mestrado sobre esse tema. Ela foi diretora da associação Ciclocidade e participava ativamente das comissões municipais em defesa de pedestres e ciclistas.
Todos os dias, na redação do Mobilize, recebemos dezenas de informações sobre pessoas atropeladas em cidades de todo o Brasil, por falhas de sinalização, alcoolismo e excesso de velocidade. Não podemos mais aceitar essas perdas como algo normal, como meros "acidentes". Podemos nos inspirar nos países mais avançados, onde os governos estão adotando políticas para zerar as mortes no trânsito. É preciso melhorar a infraestrutura para pedestres e ciclistas, é preciso reduzir a velocidade do trânsito nas cidades e também é fundamental manter programas permanentes de educação de trânsito em rádio, tevê, mídias sociais, nas escolas, igrejas, clubes, enfim em todos os lugares. Nenhuma morte é aceitável. Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize. Saiba mais em
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Ciclistas imprimem flores no asfalto nas proximidade do local onde Marina morreu Foto: Marilia Hildebrand