Holanda decide: 30 km/h é a velocidade máxima nas cidades

Proposta foi aprovada na terça-feira (27) pelo parlamento holandês e busca zerar as mortes no trânsito do país. Ouça no Boletim Mobilize

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Fonte: Mobilize Brasil/nrc.nl  |  Autor: Ricky Ribeiro/Mobilize Brasil  |  Postado em: 31 de outubro de 2020

Agente de trânsito e crianças fazem ação educativa

Holanda: crianças fazem ação educativa sobre velocidade

créditos: Foto: Bart Maat/ANP


A Câmara de Representantes (parlamento) da Holanda aprovou na terça-feira (27) uma proposta para introduzir um limite de velocidade de 30 km/h em todas as áreas urbanizadas do país. Essa limitação poderá incluir também trechos de rodovias que cruzam áreas com maior circulação de pedestres e ciclistas, dependendo de um estudo que será realizado pelo Instituto de Pesquisas sobre Segurança Viária em conjunto com as prefeituras. No momento, a velocidade máxima de 50 km/h é a diretriz em áreas urbanas.

 

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Crianças, pedestres e ciclistas em particular têm poucas chances de sobreviver a uma colisão nesse limite de velocidade, disse a deputada Suzanne Kröger, do partido GroenLinks, que apresentou a moção junto com Chris Stoffer, do SGPer . “Oslo e Helsinque já implementaram a redução de velocidade e nessas duas cidades nenhum ciclista ou pedestre morreu em 2019”, escreveu Kröger no site de seu partido. Segundo dados da Statistics Netherlands, 661 pessoas morreram em acidentes de trânsito na Holanda em 2019, entre elas 203 ciclistas e 49 pedestres.

 

"Um pedestre ou ciclista atropelado por um carro a 50 km/h pode morrer em 20% dos casos, e essa chance cai para apenas 3%, quando a velocidade é de 30 km/h. Acreditamos que 30 km/h deveria ser o padrão para áreas urbanas em toda a Europa e gostaríamos de parabenizar a Holanda por estar na vanguarda da introdução de medidas de segurança no trânsito. A Declaração de Estocolmo da ONU em janeiro, exortou os países a 'impor uma velocidade máxima de 30 km/h em áreas onde há circulação de veículos e pessoas' e a Holanda agora está mostrando o caminho", comentou Ceri Woolsgrove, da Federação Europeia de Ciclistas, em texto publicado no site da entidade.


Inevitável comparar com a situação brasileira, onde mais de 40 mil pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito e outras milhares carregam sequelas para o resto de suas vidas. Também é importante (e triste) verificar que raríssimos programas de candidatos às prefeituras brasileiras incluem propostas para acalmar o trânsito urbano e melhorar as condições de circulação para pedestres e ciclistas.

 

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