Uma pesquisa do Datafolha*, encomendada pela Uber, mostra mudanças profundas na forma como as pessoas passaram a se movimentar pelas cidades a partir da pandemia do novo coronavírus. O levantamento ouviu 3.271 pessoas de todas as regiões do país, entre os meses de setembro e outubro últimos.
Dessa parcela de brasileiros sem veículo próprio, 38% acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover. A bike empata tecnicamente (pela margem de erro) com aplicativos do tipo Uber, que vem logo em seguida, com 35% da preferência. Em terceiro lugar está o táxi, com 9% das respostas, seguido do transporte público, que atinge 4% de preferência na opinião dos entrevistados.
Quando analisada apenas a Região Metropolitana de São Paulo, os aplicativos de mobilidade são considerados por mais da metade da população sem carro próprio como o meio de deslocamento mais seguro (56%), seguido pela bicicleta (21%) e o transporte público (8%).
Aglomeração
O Datafolha também perguntou os motivos para a escolha do modal de transporte durante a pandemia. Para os brasileiros, os critérios mais importantes para escolher o meio de transporte são o grau de aglomeração (29%), a segurança que o transporte oferece (20%) e, empatados com 14%, a facilidade de acesso ao meio e o risco de contaminação.
Os números também revelaram que 61% dos brasileiros acreditam que o hábito de se deslocar por aplicativos vai aumentar, enquanto 10% acreditam que deve ficar igual, e 29% apostam na diminuição do serviço no futuro. Em São Paulo, a pesquisa mostrou uma tendência ainda maior para o aumento do hábito, com 66% das respostas nesse sentido.
Máscaras
Quando perguntado qual o grau de importância de ações para prevenir o contágio da covid-19 no uso de apps de mobilidade, o uso de máscaras pelo motorista e usuário ficou em primeiro lugar nas respostas dos brasileiros. O segundo lugar se liga ao fato de o carro ter sido higienizado por uma empresa especializada e, em terceiro, a disponibilidade de álcool em gel para motoristas e usuários.
*O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A amostra representa a população brasileira adulta e foi composta em sua maioria por mulheres (53%) e pessoas com nível médio de escolaridade (43%) e média etária de 42 anos. Em alguns gráficos e tabelas os resultados não somam exatamente 100% devido arredondamentos.
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