Nesta edição #144 do Boletim Mobilize, Ricky Ribeiro discute a situação dos pedestres brasileiros. Eles querem caminhar mais - para manter o isolamento social durante a pandemia - mão não contam com boa infraestrutura de calçadas, sinalização e segurança pública.
Ouça o Boletim Mobilize #144
Se preferir, leia o texto:
Olá. A preferência por andar a pé subiu de 9% para 23% no país durante a pandemia, aponta uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo, a Rede BR. Apesar dessa boa notícia, que indica uma maior propensão das pessoas a adotarem uma forma saudável e sustentável de deslocamento, os pedestres por aqui não têm vida fácil. Isso porque, de maneira geral, nossas calçadas são irregulares e impõem longas distâncias ao caminhante para chegar ao seu destino.
De fato, as cidades brasileiras falham em oferecer espaços caminháveis e serviços essenciais próximos para seus habitantes, e por isso ficam atrás de algumas de suas vizinhas sul-americanas em um recente ranking global de mobilidade de pedestres. Essa é uma das conclusões que pode ser observada por meio de um levantamento realizado pelo Institute for Transportation & Development Policies, o ITDP, em cerca de mil áreas metropolitanas ao redor do mundo.
O estudo - em formato de mapa interarivo - é focado em fatores determinantes para haver que se chama de boa caminhabilidade, como: serviços essenciais a até um quilômetro de distância; tamanho médio dos quarteirões; e proporção de pessoas que vivem a menos de 100 metros de um local restrito à circulação de automóveis, como parques, calçadões e praças. Londres, Paris, Bogotá e Hong Kong figuram no topo das metrópoles que oferecem boa condição para as pessoas se locomoverem a pé. Será que um dia as cidades brasileiras estarão nas primeiras colocações de rankings internacionais como este? Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize.
Leia também:
A pandemia mudou sua relação com a cidade?
Ouça o podcast Expresso #22
Webinar: Para onde vamos? Como destravar a Política de Mobilidade?
"A bomba contratada da tarifa de ônibus"
Vinte e quatro propostas para uma BH mais justa nestas eleições