Nesta edição do Boletim Mobilize, Ricky Ribeiro apresenta o conceito das Ruas Completas, uma forma de redesenhar o uso dos espaços urbanos que surgiu nos Estados Unidos nos anos 1970. A ideia é reduzir pistas e vagas de estacionamento de carros para permitir a circulação livre e segura das pessoas - crianças, idosos, ciclistas, cadeirantes, entregadores de mercadorias -, e do transporte público.
Ouça o Boletim #142:
Se preferir, leia o texto:
Olá. Na semana passada, eu falei sobre os impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito. Uma solução que tem melhorado bastante a segurança viária é a aplicação do conceito de ruas completas. Segundo a organização WRI, as Ruas Completas são desenhadas para dar segurança e conforto a todas as pessoas, de todas as idades, usuários de todos os modos de transporte.
O conceito tem como base distribuir o espaço de maneira mais democrática, beneficiando a todos. A ideia é ter as pessoas como protagonistas, em vez do automóvel, como acontecia e ainda ocorre com frequência no planejamento de nossas vias. Nas ruas completas os carros também têm seu espaço, mas não mais do que os pedestres, ciclistas, usuários de transporte coletivo, ou dos entregadores de mercadorias. Todos os públicos são levados em consideração na concepção de ruas completas, que são pensadas para a redução de eventuais conflitos entre os diferentes modos de transporte.
Por isso, algumas medidas para moderação do tráfego também são comuns neste tipo de intervenção. Qualquer rua pode ser completa, desde que consideramos sua vocação. Planejar ruas pensando nas pessoas, contemplando todos, e com uma distribuição equitativa do espaço urbano, é a coisa certa a se fazer. Só assim teremos uma cidade mais democrática, acessível, segura, saudável e sustentável.
Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize.
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