O primeiro projeto da América Latina de bicicletas elétricas compartilhadas baseado em estações fixas está sendo lançado pela empresa Tembici e Itaú Unibanco, patrocinador do Bike Itaú. A implementação deve começar de forma gradual pela cidade do Rio de Janeiro, em formato de piloto, para monitorar o perfil de uso e performance das bicicletas.
Até o fim de outubro, 500 bikes elétricas estarão disponíveis para os usuários do Bike Rio, anuncia a Tembici.
Com a bike elétrica, ou e-bike, os usuários poderão, com menor esforço, expandir suas pedaladas diárias, e fazer deslocamentos mais longos, por diferentes relevos. A bicicleta elétrica permitirá também àqueles que antes combinavam diferentes modais em seus trajetos, usar agora apenas este veículo para se locomover, o que deve trazer também uma maior economia financeira.
"Sem dúvida, é um grande marco quando falamos de mobilidade urbana. A implementação de bicicletas elétricas traz um enorme ganho para o cenário de micromobilidade na América Latina e contribui para o reconhecimento da bicicleta como o modal mais eficiente para deslocamento nas cidades. Sabemos que grande parte dos trajetos que as pessoas fazem no dia a dia não passa de cinco quilômetros, distância que pode ser facilmente percorrida com esse equipamento”, diz Tomás Martins, CEO da Tembici.
E-bike
A bicicleta elétrica da Tembici tem pedal assistido, ou seja, o motor é acionado quando o veículo é pedalado. Não tem acelerador, o que torna a bike mais leve. A velocidade é limitada a 25 km/h, e seus freios e peças de transmissão trazem o selo de empresas renomadas do mercado, o que garante qualidade e segurança.
A expectativa é que as e-bikes façam três vezes mais viagens do que as bicicletas tradicionais.
Junto ao lançamento das e-bikes, os usuários receberão o Manual do Ciclista, material educativo com orientações e dicas que reforçam a importância dos cuidados e responsabilidades dos ciclistas ao pedalarem as novas laranjinhas.
No início do projeto-piloto, as e-bikes poderão ser utilizadas sem nenhum custo extra para alguns usuários que já assinam os planos do Bike Rio. A partir do dia 5 de outubro, com a liberação gradual de uso, os usuários habilitados poderão optar pela bicicleta elétrica com valor a partir de R$ 3.
Aumento das bicicletas
Neste momento de flexibilização de quarentena, especialistas e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) têm recomendado a bicicleta como um modal seguro. E essa percepção já fez com que, este ano, o uso da bicicleta tenha subido significativamente no país. O Bike Rio, por exemplo, registrou um aumento de 63% em viagens quando comparados os meses de abril, início da quarentena, com agosto, período de reabertura gradual da economia.
No início de setembro, em pesquisa realizada com usuários do Bike Itaú, a bicicleta foi apontada como a primeira opção de meio de transporte para 49% dos entrevistados. Quando perguntados sobre o principal motivo do uso, 39% definiram essa escolha por ser mais rápida e prática. Outras vantagens citadas foram a segurança, por ser um transporte individual, e a possibilidade de praticar exercícios e melhorar a qualidade de vida.
"Cada vez mais será necessário pensar em como equalizar os conceitos de intermodalidade, essa integração entre os diferentes meios de transporte, e de micromobilidade, e entregar uma opção de transporte segura e economicamente viável para os deslocamentos do dia a dia. E o período de quarentena e as mudanças nas rotinas da população reforçaram o papel das bikes nessa equação”, comentou Luciana Nicola, superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Empreendedorismo do Itaú Unibanco sobre os aprimoramentos que o sistema do Bike Itaú vem oferencendo aos seus usuários.
Leia também:
Reino Unido lança subsídio para conserto de bicicletas
Bicicleta é o "melhor normal"
Prefeitura de Lisboa dá 500 euros na compra da bike e cria ciclovias
Aliança Bike lança revista sobre o mercado de bikes elétricas
Expresso #17: No mês da mobilidade, vamos a pé e de bike
Como implantar ciclofaixas emergenciais "Corona"