Ciclistas de Campo Grande (MS) querem que a prefeitura da capital instale uma rede de ciclovias temporárias pela cidade. De acordo com projeto, lançado pelo grupo Bici Nos Planos de CG, a ideia é aumentar as possibilidades de mobilidade durante o período de pandemia e incentivar o uso de bicicletas, para assim diminuir o número de usuários do transporte público e, consequentemente, a aglomeração dentro dos coletivos.
Na internet, o grupo postou uma petição que, até o momento, conta com mais de 300 assinaturas. A expectativa é que as ciclovias temporárias diminuam a probabilidade de contaminação pelo novo coronavírus, que em Mato Grosso do Sul já ultrapassou a marca de 43 mil infectados.
Como explicam os integrantes do grupo Bici Nos Planos de CG, a solução é simples, rápida e não demanda altos investimentos: “É uma medida de baixo custo; você precisa apenas de cones ou grades de contenção, como as utilizadas em eventos, que ajudam a delimitar a faixa de rolamento em ruas e avenidas”, explica Pedro Garcia, integrante do movimento.
Segundo Garcia, a proposta é baseada em estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e também no exemplo de grandes cidades do mundo que adotaram a medida, inclusive no Brasil, como Belo Horizonte, que recentemente inaugurou 30 km de ciclovias temporárias.
Ciclovias temporárias na Avenida Insurgientes, na Cidade do México. Foto: Manuel Solá Pacheco/Semovi
Sugestões
A petição online criada pelos ciclistas traz sugestões de ruas e avenidas de Campo Grande que poderiam receber as ciclovias temporárias, entre elas a Avenida Ernesto Geisel, incluindo o trecho de complementação, conhecido como Avenida Vereador Thyrson de Almeida. Essa via seria estratégica, por ligar a região do Bairro Aero Rancho, uma das mais populosas da cidade, ao centro da capital.
Outros pontos sugeridos pelo grupo são: Av. Euler de Azevedo, que conecta a UEMS e a saída para rochedo à região central; Av. Guaicurus, que faz a conexão interbairros e ficará conectada à ciclovia já existente da Av. Gury Marques; Rua Joaquim Murtinho, Av. Marquês de Pombal e Av. Ministro João Arinos, que fazem a ligação da região central com regiões periféricas, como os bairros Jardim Noroeste, Maria Aparecida Pedrossian e Tiradentes. Outra avenida sugerida pelo grupo é Mascarenhas de Moraes.
Bicicletários
Além da implementação de ciclovias, os ciclistas também solicitam a instalação de bicicletários temporários na cidade. “É de baixo custo assim como as ciclovias. As grades de contenção também poderiam ser usadas com esse objetivo”, explica Pedro Garcia.
O integrante do grupo Bici Nos Planos de CG explica ainda que o grupo já entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande para solicitar a instalação das ciclovias e dos bicicletários temporários, e aguarda retorno.
Clique aqui para assinar a petição "Bicicleta contra a pandemia em Campo Grande"
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