Quando um veículo em alta velocidade ultrapassa uma bicicleta em movimento, a pressão provocada pelo deslocamento de ar pode facilmente desestabilizar o ciclista e levá-lo à queda em pleno trânsito de automóveis. Se a distância entre os dois veículos for inferior a 1,5 metro, o risco de colisão é grande, e coloca em sério risco o menor, o que está sobre duas rodas.
Atento aos registros de acidente envolvendo e vitimando ciclistas, e à necessidade do respeito às prioridades nas vias, além do respeito às ciclofaixas, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Departamento de Trânsito (Detran-DF), está em fase de produção de uma campanha de educação no trânsito para estimular o cuidado com quem conduz as bikes (saiba mais na ilustração abaixo). Com isso, o órgão quer valorizar a bicicleta e também estimular o uso de um transporte não poluente em Brasília.
Mudar concepção
Com mais gente nas ruas andando de bicicleta, as autoridades acreditam que é mais que hora de lembrar motoristas e motociclistas sobre o cuidado com o “mais fraco”, previsto já no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
“Mais do que um administrador de veículos, o Detran é um administrador de vidas”, garante o diretor-geral do órgão Zélio Maia que, além de dirigir, também se desloca pela cidade de bicicleta. “A gente só muda o cidadão se mudarmos a concepção. Acredito que todo o motorista deveria ser ciclista para entender essa importância.”
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