Falta de peças freia aumento da produção de bicicletas em Manaus

Problema no polo industrial do AM seria devido ao não abastecimento dos fornecedores globais, pressionados em atender à demanda crescente desses itens em outros países

Notícias
 

Fonte: Amazonas Atual  |  Autor: Amazonas Atual  |  Postado em: 17 de agosto de 2020

Fabricação cresceu em julho, mas caiu em relação a

Fabricação cresceu em julho, mas caiu em relação a 2019

créditos: Sense Bike/Divulgação

A produção de bicicletas no PIM (Polo Industrial de Manaus) foi de 61.283 unidades em julho, aumento de 30,6% em relação a junho (46.913 bicicletas). No comparativo com o mesmo mês de 2019, houve queda de 28% (85.131 unidades no ano passado). A falta de insumos freou o aumento na produção em referência ao ano passado, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

 

No acumulado de janeiro a julho, as paralisações das fábricas devido à pandemia da Covid-19 levaram o setor à produção total de 310.777 bicicletas, correspondendo a uma retração de 34,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (476.319 unidades).

 

Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, diz que houve dificuldades para abastecer as fábricas com peças dos fornecedores globais, que precisam atender, simultaneamente, à demanda crescente em vários países.

 

O executivo avalia que, de janeiro a julho, as vendas de bicicletas cresceram cerca até 40% a nível global, na comparação com o mesmo período de 2019.


Esse crescimento está ligado ao fato de a bicicleta ter alcançado um status de locomoção segura para se evitar o contágio pelo coronavirus no mundo inteiro. A alta da demanda, portanto, acabou provocando a dificuldade de montagem e, consequentemente, a falta de alguns modelos.

 

“Isso foi resultado do grande descompasso entre a oferta de peças dos maiores fornecedores, que estão localizados principalmente na Ásia, e o aumento da procura por bicicletas no mundo inteiro. Muitos fornecedores de componentes estão trabalhando entre 120% a 130% da sua capacidade, mas, mesmo assim, não conseguem dar conta da demanda da indústria”, esclarece Gazola.

 

O vice-presidente salienta que, assim como os fornecedores internacionais, as empresas locais também estão se adaptando para atender à demanda. “Ainda enfrentaremos falhas de abastecimento pelos próximos seis meses. A partir de 2021, deveremos ter uma normalização gradual, mas isso ainda irá depender dos patamares de demanda, pois o ajuste da capacidade de produção não é feito em poucos meses. Nesse contexto, as empresas associadas da Abraciclo estão concentrando esforços para suprir o mercado o mais rápido possível”, completa.

 

 Ranking

A categoria Urbana/Lazer foi a mais produzida em julho. Foram fabricadas 28.706 unidades, alta 51% na comparação com junho (19.011 unidades) e queda de 18,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (35.038 unidades). 

 

Com 25.874 unidades, a Mountain Bike (MTB) ficou em segundo lugar no ranking. Esse volume é 2,5% menor ante as 26.536 unidades fabricadas em junho e 20,7% inferior ante as 32.629 bicicletas registradas em julho de 2019.

 

No acumulado do ano, a categoria mais produzida foi a MTB, com 177.181 unidades e 57% de participação. A Urbana/Lazer ficou em segundo lugar (104.783 unidades e 33,7% de participação). Na sequência, vieram Infantojuvenil (20.388 unidades e 6,6% de participação), Estrada (5.506 unidades e 1,8% de participação) e Elétrica (2.919 unidades e 0,9% de participação).

 

Leia também:
Impactos da Covid-19 sobre o transporte por ônibus
Bicicleta para Futuros Possíveis: campanha começa em Vitória (ES)
Bicicleta é o "melhor normal"
Acompanhe a construção da Estratégia Nacional da Bicicleta


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário