Calçada Cilada 2020 revela armadilhas para pedestres em 149 cidades

Mapeamento Nacional localizou problemas para a circulação de pedestres em 928 unidades de saúde e escolas

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Fonte: Calçada Cilada  |  Autor: Silvia Cruz/Calçada Cilada  |  Postado em: 03 de agosto de 2020

Desníveis, buracos e problemas nas juntas

Desníveis, buracos e problemas nas juntas: risco ao pedestre

créditos: Calçada Cilada 2020

Mais de mil colaboradores de 149 cidades brasileiras participaram da edição 2020 da campanha nacional Calçada Cilada, ação anual realizada pelo instituto Corrida Amiga. Por conta da pandemia, a campanha foi realizada virtualmente, durante o mês de julho, por meio de uma consulta pública digital em parceria com o aplicativo Colab Nesta edição as análises concentraram-se nas calçadas do entorno de unidades de saúde e de ensino, áreas que deveriam ser priorizadas pelas prefeituras devido a necessidade de distanciamento físico e grande fluxo de pessoas.


No total, foram apontadas 928 instituições de saúde e ensino com problemas de acesso para o pedestre, chamando a atenção para situação precária da mobilidade a pé. Participaram da consulta 1032 pessoas de 25 estados do Brasil.  A consulta pública também coletou dados relativos ao deslocamento a pé, incluindo a passagem por calçadas, ruas e acessos. Os principais problemas apontados são:   

- calçadas irregulares, com buracos, estreitas e obstruídas: 80%

- falta de segurança pública (assédios, assaltos): 31%

- falta de segurança viária (velocidade de veículos, travessias perigosas): 27%

- falta de acessibilidade (rampas, piso tátil, semáforos sonoros): 23%

 

Impeditivo ao distanciamento social
No Brasil, dois terços dos deslocamentos diários da população são realizados a pé, de bicicleta, ou em transporte coletivo. Apesar disso, a maioria das vias não dispõe de calçadas adequadas, que respeitem o padrão mínimo de 1,2 m de largura de faixa livre para pedestres. A gestora ambiental e diretora do Corrida Amiga, Silvia Stuchi, lembra que todas as recomendações das organizações internacionais de saúde indicam a necessidade de maior distanciamento social entre as pessoas, o que se torna impossível com calçadas tão estreitas e intransitáveis.


"O mapeamento de dados, a mobilização e a sensibilização da comunidade, bem como o encaminhamento das fiscalizações ao poder público são realizados todos os anos e podem gerar causar impactos positivos e transformações reais. Todos os dados serão encaminhados ao poder público e seguiremos acompanhando as respostas”, explica Silvia Stuchi.


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