Corredores de ônibus de Campo Grande vão preservar as calçadas

Instalação de corredores no canteiro central, mantendo livres as calçadas próximas às edificações, sem redução de sua área, busca priorizar o pedestre, diz Prefeitura

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Fonte: PMCG  |  Autor: Mobilize/ PMCG  |  Postado em: 22 de julho de 2020

Novos corredores em Campo Grande: calçadas largas

Novos corredores em Campo Grande: calçadas largas

créditos: PMCG/ Divulgação

Os corredores do transporte coletivo, no formato em que estão sendo implantados em Campo Grande, preservarão as calçadas para os pedestres, afirma a prefeitura. Também vão garantir o acesso ao comércio e aos imóveis de moradia situados ao longo das pistas reservadas aos ônibus.

 

De acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), o projeto inverte a ordem que costuma ser dada ao carro nas obras de mobilidade urbana, e garante prioridade para o pedestre, ao mesmo tempo que beneficia o transporte coletivo.

 

Pelo desenho de projeto, os ônibus circularão com exclusividade na faixa à esquerda da pista. Desse modo, a pista à direita fica livre para os demais veículos, que também não precisarão mais dividir com os coletivos as duas faixas centrais de rolamento. Na margem direita da via, nos pontos ocupados pelas plataformas das estações, o estacionamento de carros será probido para permitir melhor fluxo dos veículos nas duas faixas de rolamento destinadas ao transporte individual.

 

Como não haverá separação física entre o corredor e o restante da via, o uso da pista do corredor será compartilhado com os moradores, que poderão entrar nas garagens de suas casas, e para carga e descarga e acesso dos clientes aos estabelecimentos que tiverem área de estacionamento.

 

Se os estabelecimentos comerciais tiverem recuo da via de pelo menos 4,80 metros, as vagas de estacionamento poderão ser ampliadas. Nestes casos, 100% do meio-fio poderá ser rebaixado, o que garante a entrada e saída de um maior número de veículos. Isso porque foi aprovada a mudança de legislação que libera especificamente nos corredores de ônibus o rebaixamento de toda a extensão do  meio-fio diante das lojas, quando no restante da cidade o rebaixamento está limitado a 60% da testada.

 

Escolha técnica

A opção de implantar os corredores de ônibus na faixa à esquerda,  quando as portas de embarque e desembarque dos ônibus estão a direita, tem sido questionada, mas a arquiteta e urbanista Andrea Figueiredo garante: foi uma escolha técnica, que não trazer um grande impacto no dia a dia das pessoas.

 

Ela explica que se as estações de pré-embarque e embarque fossem do lado direito da via, ocupariam a calçada, obstruindo a passagem dos pedestres, e prejudicando os moradores que ficariam sem acesso à garagem. 

 

Como as estações foram projetadas para ter até 40 metros de plataforma, fechariam a entrada de pelo menos três casas. Segundo a arquiteta, haveria também prejuízo para os estabelecimentos comerciais nestes locais, que perderiam movimento. Isso sem contar o impacto ambiental, diz Andrea Figueiredo, pois árvores seria removidas, assim como postes da rede de energia elétrica, o que geraria um custo de R$ 10 mil por poste, afirma.

 

Outro fator impeditivo para colocar as estações no passeio público é a largura das calçadas (3 metros), quando seriam precisos 4,5 metros de calçadas, considerando o espaço ocupado pelas estações (2,5 metros de largura), além da exigência da legislação de recuo do meio-fio e de um mínimo de 1,2 metro para a passagem do pedestre.

 

Com as estações instaladas sobre uma plataforma, a Prefeitura considerou que essa posição facilitará o embarque e desembarque, já que ficam no mesmo nível dos degraus das portas dos ônibus. Além disso, como todas as estações ficarão nas esquinas, o usuário vai poder descer, apertar o botão de travessia no semáforo de pedestre e atravessar com segurança pela faixa até o outro lado da pista.

 

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