Nesta edição #131 do Boletim Mobilize, Ricky Ribeiro defende o aumento nos subsídios ao transporte público como forma de aumentar sua competitividade em relação ao carros particular e aos transportes por aplicativos. Ouça o boletim, com a voz eletrônica de Ricky.
Se preferir, leia o texto:
As medidas de isolamento social decorrentes da pandemia do novo coronavírus estão gerando graves problemas financeiros para as empresas de ônibus, e trazem à tona a discussão sobre o financiamento do transporte público. No Brasil, são raros os casos de subsídios governamentais, e praticamente toda a receita do transporte coletivo vem das tarifas pagas pelos passageiros.
Enquanto isso, em países da Europa e América do Norte é comum governos bancarem a quase totalidade destes valores. Mas mesmo nesses casos, para não tirar verbas de áreas como educação e saúde, as gestões públicas buscam diferentes alternativas para financiar o serviço. A França, por exemplo, cobra uma taxa de transporte das empresas. Barcelona e Nova York destinam parte dos impostos sobre propriedades para o financiamento do transporte público. E há outros lugares no mundo em que as taxações de combustíveis fósseis ou arrecadações com o licenciamento dos veículos são destinadas à mobilidade urbana.
Em entrevista ao Mobilize, o ex-secretário de transportes de São Paulo, Lúcio Gregori, propôs criar a TUSV, Taxa de Utilização do Sistema Viário, que seria aplicada aos veículos que, além de poluir a atmosfera, ocupam grandes espaços nas cidades. Seria uma forma de subsidiar passagens de ônibus, trens e metrôs. Sem dúvida, este é o momento para avaliar propostas como estas, que poderiam garantir a viabilidade econômica do sistema de transportes, e ainda melhorar a sua qualidade. Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize. Saiba mais em www.mobilize.org.br.
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