Saiba a diferença de ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota

Bicicletas podem sim circular nas ruas e avenidas. Mas, segurança é fundamental e por isso é importante construir pistas e faixas especiais para esses veículos leves

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 07 de junho de 2021

Ciclovia em avenida de São Paulo: espaço separado

Ciclovia em avenida de São Paulo: espaço separado dos carros

créditos: Fábio Arantes/Pref. de S.Paulo


Na semana passada, exatamente no dia 2 de junho, o Denatran/Minfra publicou a minuta do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, que trata da Sinalização Cicloviária. O texto - que ficará disponível para consultas e sugestões até 1º de julho - vai bem além da simples sinalização, e traz uma série de normas sobre projeto, tipo de pavimentos, além de orientações sobre a construção de ciclovias e ciclofaixas. E, assim que aprovado, será o padrão nacional para a implantação de infraestruturas cicloviárias. O documento ajuda a entender as diferenças entre os tipos de vias cicláveis, conforme a descrição:

Espaços na via destinados a circulação de bicicletas
a) espaço totalmente segregado, caracterizado como ciclovia;
b) espaço delimitado na pista, calçada ou canteiro, identificado como ciclofaixa;
c) espaço compartilhado.


Ciclovia (foto no alto da página) conforme esse documento, é uma pista própria destinada à circulação de bicicletas, triciclos, bicicletas de carga e e-bikes, mas separada fisicamente do das pistas onde circula o tráfego motorizado. É um espaço em nível ou desnível, geralmente acima da pista do tráfego pesado, separado por um elemento físico, como meio-fio, grade, canteiro, área verde e outros previstos na legislação. Também são ciclovias as pistas cicláveis construídas em espaços isolados, como: áreas não edificáveis, faixas de domínio, parques e outros logradouros públicos.


Ciclofaixa:
 trata-se de uma faixa simplesmente delimitada com pintura e sinalizadores, como tachões e “olhos de gato”, além das placas de sinalização vertical. No Manual do Denatran, a ciclofaixa é definida como "parte da pista, calçada ou canteiro central destinado à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização viária, podendo ter piso diferenciado e ser implantada no mesmo nível da pista de rolamento, ou da calçada ou do canteiro."

 


 
Exemplo de ciclofaixa: bicicletas circulam no mesmo nível dos carros
Foto: Arquivo Mobilize

 

Quanto ao sentido de tráfego as ciclovias e ciclofaixas podem ser:
- Unidirecionais, quando têm um sentido único de circulação;
- Bidirecionais, quando apresentam sentido duplo de circulação.

 

Ciclorrotas
O Manual do Denatran também define a Rota de Bicicleta ou Ciclorrota: "São vias sinalizadas, no solo ou em placas, que compõem o sistema ciclável da cidade, de forma a interligar pontos de interesse, ciclovias e ciclofaixas". Trata-se de uma solução de compartilhamento das ruas entre veículos motorizados e bicicletas, melhorando as condições de segurança na circulação. Por motivos óbvios, as ciclorrotas são indicadas para vias com tráfego mais calmo e velocidade limitada a até 40 km/h.

 


Ciclofaixa no bairro Messejana,  em Fortaleza: sinalização e via compartilhada com os carros Foto: Kiko Silva/Pref. Fortaleza

 

Espaços compartilhados com pedestres
Segundo o Manual, são "espaços da via pública destinados prioritariamente aos pedestres, onde os ciclistas compartilham a mesma área de circulação, desde que devidamente sinalizada". São calçadas, ilhas, passarelas, calçadões e outras vias de pedestres. Nessas situações, o ciclista deve sempre dar preferência aos pedestres e circular em baixa velocidade.

 

*Texto originalmente publicado em dezembro de 2011. Atualização em 7/6/2021, conforme o novo Manual de Sinalização Cicloviária do Denatran

 

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Comentários

laura machado - 21 de Dezembro de 2011 às 15:11 Positivo 8 Negativo 0

a ciclorrota é uma via comum, compartilhada com carros, mas com sinalização especial. Não há separação física entre carros e bicicletas, como acontece nas ciclofaixas e cicloviais, mas a preferência é sempre do ciclista.

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