A companhia El Metro de Panamá está aplicando uma ferramenta de inteligência artificial para controlar a lotação no novo sistema de transporte da capital panamenha. Inaugurada em 2014, a primeira linha do metrô da Cidade do Panamá transporta diariamente 280 mil passageiros por 14 estações.
No ano passado a companhia havia adotado um sistema de conrole operacional (Mastria) criado pela francesa Alstom para analisar os fluxos de passageiros e evitar as saturações que ocorriam em determinadas estações, em horários de pico. Com a tecnologia, a saturação localizada podia ser prevista até 30 minutos antes que pudesse ser visivelmente observada, permitindo medidas corretivas que reduziram os tempos de espera nas estações. Segundo a Alstom, o sistema tem capacidade para "aprender com a operação".
Agora, para controlar a lotação dos trens e evitar a propagação da covid-19, a tecnologia está sendo usada para adaptar as ações operacionais e manter a carga do trem a 40% de sua capacidade máxima, conforme recomendado pelas autoridades de saúde do país. Para isso, novas funções foram desenvolvidas, como o monitoramento em tempo real da densidade e do fluxo de passageiros nas estações e trens. O sistema também permite a simulação de cenários - por exemplo, com o fechamento de entradas de algumas estações - e a antecipação e análise da distribuição de passageiros ao longo dos trens.
Governo do Panamá estabeleceu lotação máxima de 40% no transporte público Foto: El Metro de Panamá
Conforme texto da Alstom, o sistema agrega informações sobre a demanda de passageiros de sensores de peso do trem, máquinas de bilhetagem, sinalização de tráfego, sistemas de gestão, câmeras de vigilância e redes móveis, a fim de oferecer um retrato em tempo real dos fluxos de passageiros. Simultaneamente, processa os dados e fornece aos operadores as informações e as recomendações necessárias para garantir e antecipar níveis específicos de ocupação, em porcentagem de capacidade máxima, em todos os momentos.
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