Saindo da fase mais aguda da pandemia da Covid-19, a cidade de Cuenca, no Equador, retomou hoje (25) a operação gratuita de seu novo sistema de VLT (Tranvía). Essa etapa de "formação cidadã" havia sido iniciada em fevereiro passado, mas foi interrompida em função das medidas de isolamento social decretadas pelo governo federal do Equador.
Em entrevista ao jornal Metro, a diretora da empresa municipal "Unidad Tranviaria", Carolina Ormaza, explicou que para essa retomada estão sendo adotadas todas as medidas de bioseguridade, tanto para os condutores como para os usuários: a ocupação das composições ficará limitada a apenas 30% do padrão, o que significa o máximo de 62 pessoas.
Todos os usuários recebem álcool gel nas mãos assim que embarcam e devem sentar-se mantendo o distanciamento. Para isso, boa parte dos assentos foi bloqueada pela empresa operadora. Funcionários orientam os passageiros sobre onde podem sentar-se e sobre como portar-se para evitar contaminações. E todos os carros recebem um jateamento de produtos desinfetantes a cada viagem.
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Álcool nas mãos de todos os usuários Foto: Metro |
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Máscaras e distanciamento obrigatório Foto: Metro |
Retomada e protestos
Cuenca entrou agora na fase de "sinal amarelo", conforme o padrão de isolamento adotado pelo governo federal em relação à crise do coronavírus, o que significa que algumas atividades poderão ser gradativamente retomadas, porém segundo protocolos de orientação publicados no site da prefeitura.
A operação do tranvía coincidiu com uma jornada de protestos organizada por centrais sindicais contra uma série de medidas aprovadas na semana passada, para contornar os problemas econômicos gerados pela pandemia, segundo o governo. Apesar disso, este primeiro dia de operação do novo sistema de transportes foi tranquilo, sem incidentes.
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