Impossível passar pela Estação Sumaré, do Metrô de São Paulo, sem observar os rostos impressos nos vidros ao longo das duas plataformas. São imagens de pessoas comuns, uma espécie de resumo étnico da população da cidade: asiáticos, brancos, negros, mulatos, índios, entre eles o próprio autor, Alex Flemming.
Nesta semana, os paineis receberam máscaras de proteção desenhadas e instaladas pelas mãos de Flemming, devidamente paramentado com sua máscara de resguardo ao corona vírus. A iniciativa do Metrô integra uma "campanha de conscientização" para chamar a atenção à obrigatoriedade do uso de máscaras nos trens do Metrô e em todo o transporte coletivo da cidade.
Alex Flemming aplica máscara sobre seu próprio retrato na obra Foto: Xinhua/Rahel Patrasso
Inaugurada em 1998, ano de abertura da estação Sumaré, a obra consiste em 44 painéis de 1,75 metro de altura por 1,25 metro de largura. A instalação artística retrata toda a diversidade de São Paulo com pessoas anônimas que parecem observar o movimento da estação. A técnica utilizada para a obra foi a impressão sobre vidro em processo industrial, com a utilização de alumínio e tinta vinílica. Intervenção semelhante foi realizada por Flemming na Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo.
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