SP: Monotrilho divide opiniões no Morumbi

Associações de bairro falam em degradação. Moradores da Favela Paraisópolis são a favor da mudança

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 |  Autor: Luciano Cavenagui / Diário de São Paulo  |  Postado em: 19 de dezembro de 2011

Uma das ruas do Morumbi por onde passaria o monotr

Uma das ruas do Morumbi por onde passaria o monotr

créditos: Rafael Lasci / Diário SP

O projeto de construção de um monotrilho na região do Morumbi, na Zona Oeste, divide opiniões. Associações de moradores são contra a iniciativa, alegando que não vai melhorar a mobilidade e causará degradação na área nobre. Mas quem mora na Favela Paraisópolis, por outro lado, considera que será uma boa opção de transporte. 

 

O monotrilho será usado para a Linha 17- Ouro do Metrô e vai ligar o Morumbi até a Estação Jabaquara da Linha 1 - Azul, passando pelo Aeroporto de Congonhas. A linha toda tem a previsão de custo em R$ 3,1 bilhões. 

 

O trecho terá aproximadamente 18 quilômetros de extensão e 18 estações: Jabaquara, Hospital Saboia, Cidade Leonor, Vila Babilônia, Vila Paulista, Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan, Morumbi, Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi e São Paulo-Morumbi.

 

Na noite de quarta-feira, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação os projetos de lei 464/2011 e 475/2011, que viabilizam a implantação do sistema monotrilho. A obra é prevista no pacote de mobilidade urbana com o objetivo de preparar a metrópole para a Copa do Mundo de 2014. 

 

Os dois projetos ainda precisam passar por segunda votação antes de serem sancionados pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que foi o autor das propostas. O Projeto de Lei 464 estipula plano de melhoramentos viários no Morumbi. O Projeto de Lei 475 determina melhoramentos viários no complexo de Paraisópolis.

 

subterrâneo /Associação dos Moradores do Jardim Sul é contra o projeto. “Com o dinheiro que será gasto, seria melhor construir um metrô subterrâneo, sem agredir as vias da região. O monotrilho não resolverá o problema da mobilidade e deixará danos irreversíveis no aspecto urbanístico”, afirmou a presidente da entidade, a pedagoga Rosa Richiter. 

 

A Saviah (Sociedade dos Amigos da Vila Inah) também é contrária ao projeto por vários motivos: custo de implantação superior ao projetado; tecnologia ultrapassada; não atende à alta demanda; causará degradação e danos à região. 

 

Moradores da Favela Paraisópolis, entretanto, são favoráveis à nova modalidade de deslocamento. “Não importa se o metrô será por baixo ou por cima, o que interessa é ter mais opção de transporte público”, disse o motorista Célio dos Santos, de 29 anos. “Ficará mais rápido para ir ao Centro”, ressaltou o ajudante Paulo Silva, de 28. 

 

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