No combate à pandemia Covid 19, cidades em todas as partes do mundo estão abrindo mais espaço para que pedestres e ciclistas possam deslocar-se de forma saudável, sem a necessidade de usar carros ou mesmo o transporte público. Há exemplos na América do Norte, na Ásia, na Austrália e também aqui na América do Sul, além da Europa, que está saindo do pico de doenças e mortes provocadas pelo coronavírus.
Nesta edição do Boletim Mobilize, Ricky Ribeiro cita o caso de Milão, na Itália, que começa a relaxar a quarentena com a clara percepção de que é necessário reduzir a motorização e os poluentes daí derivados. Por isso, lá, a prefeitura adotou um audacioso programa para controlar a circulação dos automóveis e promover a mobilidade ativa, com mais espaço para caminhar e novas ciclofaixas.
Se preferir, leia o texto:
Olá. O mundo será diferente quando acabar a pandemia de coronavírus. É o que afirmam especialistas de diferentes áreas. Na mobilidade urbana, algumas dessas mudanças podem ser muito positivas para a saúde das pessoas e do planeta. Um bom exemplo é a cidade de Milão, na Itália.
Na semana passada, a prefeitura anunciou um plano para reduzir uso do carro após a quarentena. O plano, chamado "Ruas Abertas", começa a ser implantado em maio num bairro histórico, e inclui ciclovias, calçadas ampliadas, e prioridade para pedestres e ciclistas. Vale lembrar que Milão é uma das cidades mais poluídas da Europa, e é a capital da Lombardia, localidade mais afetada pelo surto da covid-19 na Itália.
Durante o período de isolamento social, a região apresentou queda no trânsito de veículos e nos congestionamentos (de 30 a 75%), o que trouxe uma redução significativa dos poluentes. Mas agora, com o retorno ao trabalho, as autoridades temem que possa haver um retrocesso, pelo uso exagerado do carro. Por isso, o ambicioso plano será colocado em marcha. Que outras cidades sigam o exemplo de Milão. Eu sou Ricky Ribeiro e este é o Boletim Mobilize. Saiba mais em www.mobilize.org.br
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