Ônibus urbano vai entrar em colapso, prevê NTU

Caso o governo não socorra o setor, empresas afirmam que não conseguirão pagar salários e manter frota adequada, afirma o presidente da associação do setor

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Fonte: NTU  |  Autor: Assessoria NTU  |  Postado em: 27 de março de 2020

Ônibus circula em rua de Curitiba

Ônibus circula em rua de Curitiba (PR)

créditos: Reprodução
 

Empresas de transporte público coletivo urbano correm o risco de paralisar suas atividades em todo o país, a partir do próximo dia 5 de abril, por falta de recursos para a folha de pagamento dos colaboradores em função da crise causada pelo coronavírus.


"O setor não vai tomar a decisão de parar. Temos responsabilidade social e sabemos da relevância desse serviço essencial. Mas infelizmente, na maior parte do Brasil, as empresas não conseguem mais bancar os custos dessa atividade", desabafa Otávio Cunha, presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU). Ele informa que 182 cidades já foram obrigadas a suspender o serviço por decisão do poder público.


A NTU estima que seria necessário um aporte de R$ 2,8 bilhões mensais para manter o serviço em funcionamento nos 2.901 municípios que dispõe de transporte coletivo por ônibus. Conforme o ofício entregue ao Ministro da Economia, o socorro financeiro, a fundo perdido, permitiria o reequilíbrio entre custos e receitas das empresas mesmo com a atual redução da demanda. Com esse apoio do Poder Público as empresas conseguiriam colocar 70% da frota em operação, número ideal para evitar aglomeração nos ônibus.


No ofício ao Governo Federal o setor também solicita a supensão, por seis meses, da cobrança de tributos federais que incidem sobre as empresas, tais como encargos sociais sobre o faturamento e PIS/COFINS sobre o óleo diesel; renegociação das linhas de financiamento usadas para renovação de frotas; e a possibilidade de suspensão temporária dos contratos de trabalho em caso de paralisação total ou parcial dos serviços.

 

 

 


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